Móveis de Valor - Edição 222

50 moveisdevalor.com.br JOSÉ LOPES AQUINO, PRESIDENTE DO SIMA BRUNO RANGEL, PRESIDENTE DO SINDIMOL ROGÉRIO FRANCIO, PRESIDENTE DA MOVERGS LUIZ CARLOS PIMENTEL, PRESIDENTE DO SINDUSMOBIL ROGÉRIOFRANCIO - MOVERGS RS LUIZCARLOSPIMENTEL - SINDUSMOBIL SC JOSÉ LOPESAQUINO - SIMA PR BRUNOBARBIERI RANGEL - SINDIMOL ES Após crescimento atípico em 2021, pela alta demanda por móveis, o polo move- leiro gaúcho retoma seu ritmo pré-pan- demia. De janeiro a setembro, tivemos aumento de 4% no faturamento sobre igual período do ano anterior. Não ne- cessariamente significa maior lucro para todas as indústrias. É preciso considerar carga tributária, custos, posicionamento Podemos ter dois cenários. Aqueles voltados para o mercado externo devem continuar so- frendo por mais algum tempo com incertezas na Europa e EUA, mercados que enfrentam inflação elevada, altas taxas de juros e insta- bilidade na geopolítica. Se o governo do PT for minimamente assertivo, devemos ter uma moeda mais valorizado, o que pode não ser in- teressante para os exportadores. Já empresas com foco no mercado interno, o cenário pode ser um pouco diferente caso tenhamos uma política de incentivo ao consumo. Poderão se beneficiar num curto prazo, embora seja Acredito em crescimento ainda acanhado, mas com recuperação da demanda. Teremos, provavelmente queda significativa da infla- ção, início do recuo dos juros e recuperação da renda para as camadas mais baixas da sociedade ao longo do ano. Essa real expecta- tiva pode elevar a possibilidade de um fluxo melhor do consumo de bens semiduráveis e beneficiar o polo moveleiro por conta do perfil predominante dos produtos aqui produzidos. Estamos trabalhando para ter um ano com resultados positivos. O Sindimol se mantém próximo de instituições públicas e privadas para construir um ambiente de negócios cada vez melhor para as empre- sas. Esse modelo de atuação tem funcio- nado bem há vários anos e contribuído diretamente para que polo seja sempre competitivo. Isso sempre gera boas expec- A indústria brasileira precisa ser estimulada a criar empregos. Desoneração da folha de pagamento, redução dos impostos e melhoria da infraestrutura são muito importantes para nossa competitividade internacional. Incentivo ao reflorestamento pode também gerar bene- fício direto à indústria moveleira. Esperamos uma política de apoio à indústria para torná-la mais representativa no PIB nacional, retoman- do assim o seu devido lugar. tativas para os empresários todos os anos. É preciso enfatizar que projetos, como a reforma trabalhista, sejam mantidos, além da continuidade da proposta da reforma fis- cal. Além destes, é importante a inclusão do setor moveleiro no rol de beneficiados pela desoneração da folha de pagamento, pois é de grande importância para a competitivida- de das indústrias de móveis. da empresa, mas mostra que o polo continua movimentando a economia. A tendência é que esse desempenho continue em 2023. Controle da inflação e das cargas tributárias, redução dos juros, incentivos à indústria nacional e estímulo à geração de empregos são medidas que beneficiam não apenas o setor moveleiro, mas a indústria como um todo. consequente- mente, a economia do país. uma política de longo prazo. Se controlarmos a inflação e reduzir os juros, as empresas poderão ter melhores resultados em vendas e margens. Acredito que o interessante não é fazer algo para o setor moveleiro e sim para o País como um todo. Se o governo conseguir equilibrar entre o Fiscal e o Social, reduzindo a taxa de juros e controlando a inflação, certamente, vai nos possibilitar seguir com nossos planejamento de médio e longo prazo, aumentando a nossa participação em vendas a melhorando nosso resultado. Precisamos voltar a fortalecer a classe média, mas com responsabili- dade para com as próximas gerações.

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