Móveis de Valor - Edição 222

66 moveisdevalor.com.br mais benefícios a todos. Inúmeras situações liga- das a impostos impactam direta e indiretamente na formação de custos, nos resultados da empre- sa e consequentemente no seu fluxo de caixa. Os impostos indiretos, incidentes sobre os bens de consumo e serviços (IPI, ICMS, ISS, PIS e COFINS), são bem conhecidos e tratados automaticamente. Entretanto, muitas particu- laridades passam desapercebidas e acabam ge- rando multas, sanções e muitos valores pagos a maior, os quais acabam sendo “esquecidos” na Receita ou mesmo abandonados, por acharem, erroneamente, que o processo de recuperação é burocrático e difícil. Há também muitas situações em que são feitos pagamentos com valores a menor e/ou omis- são de dados fiscais, criando uma situação de risco que pode gerar graves problemas futuros como multas pesadas, sanções e, em casos mais extremos, configurar crime contra a ordem tributária, caso se trate de impostos ou de contribuição social, cobrados ou descontados do contribuinte e não repassados aos órgãos Impactos negativos de uma má gestão tributária nas empresas M anter a sinergia entre os departamen- tos de uma empresa já é, por si só, um grande desafio. Quando inserimos nessa equação um nada popular, mas imprescindível, setor fiscal, o grau de dificuldade tende a ficar bem mais elevado. A questão tributária, na maioria dos casos, só interessa mesmo àqueles diretamente ligados a esse trabalho e geralmen- te tidos como sisudos e sérios demais. Os discursos e desculpas para o desinteresse, tanto em ensinar por parte de um como em aprender por parte de outros, variam mui- to. Ouve-se do fiscal que as pessoas preferem não se envolver e muito menos entender sobre tributos, pois acham o assunto complexo e já tem quem entenda do mesmo na empresa. Já o departamento de compras, por exemplo, alega que nunca houve um interesse genuíno e ver- dadeiro do fiscal em ensinar. Felizmente esse cenário está mudando e muitas empresas já con- seguem mostrar aos colaboradores, com cases próprios inclusive, os impactos negativos de uma má ou nenhuma gestão fiscal. Mas, para essa sinergia acontecer e se tornar natu- ral, há um longo caminho que passa por um sério trabalho de liderança que vise a conscientização, capacita- ção profissional, feedbacks frequentes sobre relacionamento, reconhecimento sobre trabalhos bem executados e uma dose extra de paciência e sensibilidade frente às dificuldades de cada um. A cultura organizacional e um am- biente de trabalho colaborativo são importantes para criar uma visão sistêmica e ampliar a compreensão sobre como a empresa pode se tornar mais competitiva, gerando mais lucratividade e, consequentemente, Por Jucelaine Carvalho ARTIGO FOTO: DEPOSITPHOTOS

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