Móveis de Valor - Edição 222

79 moveisdevalor.com.br firmes em nosso propósito de promover o diá- logo entre os diversos atores que formam nossa cadeia, tão codependentes, bem como de possibi- litar ações que facilitem o acesso dos industriais a um ambiente de negócios favorável e em condi- ções necessárias para a manutenção da melhoria da competitividade da produção no setor. MV • Como foi o ano para o setor? IM • Devemos frisar que o setor moveleiro ganhou uma importância relevante durante a pandemia, quando as pessoas se voltarammuito para dentro de suas casas e para a melhoria dos seus ambientes de trabalho em home office, o que fez com que o mobiliário tivesse uma explosão nas vendas. Com o controle da pandemia e a vacinação emmassa, contudo, boa parte dos recursos dos consumido- res voltaram a ser direcionados para outros fins, o que exige que os empreendedores realizem um trabalho eficaz e criativo para manter o interesse e o engajamento no setor diante dessas transforma- ções. O que é um desafio constante e permanente em nosso setor. Neste período mais desafiador, a Abimóvel atuou e continua atuando com firmeza e objetividade, tanto na esfera corporativa quanto pública, visan- do a manutenção das atividades, emprego, produ- ção e comercialização no setor, além da luta por medidas e incentivos de defesa e alavancagem das empresas. Entre as diversas conquistas, ressalta-se a construção de uma agenda de negociação direta com a equipe econômica do governo, por meio do Ministério da Economia. Um grande passo nas articulações do setor, que conquistou também a “FREMOB”, ou seja, uma frente parlamentar em defesa do setor, com o apoio de mais de 200 depu- tados e senadores. Agenda que apenas teve sua ati- vidade paralisada em função do período eleitoral. MV • Nas exportações, quais os concorrentes do Brasil e o que é feito para transpor as barreiras? IM • A indústria e o design brasileiro do mobiliário estão presentes nos maiores e mais importantes mercados mundiais, com um salto de 148, em 2016, para 167 países de destino dos móveis e colchões exportados pelo Brasil em 2021. Ques- tão que repercutiu nas conquistas expressivas da indústria no mercado internacional em 2021, quando foram exportados US$ 937,9 milhões em móveis prontos e colchões. A receita das exporta- ções do setor no ano passado ultrapassa a marca de US$ 1 bilhão ao considerarmos partes e componentes para móveis: um salto de 64% em cinco anos, com o Brasil passando da 30ª para a 26ª po- sição entre os maiores exportadores globais no setor moveleiro. Importante ressaltar que entre 2017 e 2021, as exportações de móveis cresceram em média 18% ao ano, en- quanto as exportações globais tiveram alta de 9,8% a.a. Indicadores ainda mais expres- sivos das empresas associadas ao Projeto Brazilian Furniture, iniciativa da Abimó- vel em parceria com a ApexBrasil, que no mesmo período, am- pliaram suas exporta- ções em 25,1% ao ano. Em relação à con- corrência, o mercado chinês detém a maior parte das exportações globais no setor. No entanto, uma grande oportunidade para a indústria brasileira de móveis está rela- cionada aos quesitos qualidade, design e sustentabilidade. O mercado internacio- nal, especialmente o norte-americano e o europeu, vem buscan- do adotar soluções ecológicas, utilizando materiais reciclados e matérias-primas naturais sustentáveis, como madeira, re- vestimentos, pedras IRINEU MUNHOZ, PRESIDENTE DA ABIMÓVEL “PARA O FECHAMENTO DE 2022, ABIMÓVEL ESTIMA UM RECUO DA PRODUÇÃO NA CASA DOS 10% EM RELAÇÃO AO ANO PASSADO.”

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