Móveis de Valor - Edição 223
21 moveisdevalor.com.br SETORMOVELEIROJÁFLERTACOMO4.0 Marcos Muller, diretor da Câmara Setorial de Máquinas e Equipamentos para Madeira da Abimaq, diz não ter nenhum exemplo de indús- tria moveleira que opere com sistema integrado 4.0 em todo o processo. “Há casos de uso de parte da 4.0. Como fazer projeto de ummóvel planeja- do ou ainda de comunicação da venda direto com a programação da produção e dela com a fábrica 100% automatizado, mas com algum tipo de controle humano”, diz. Há movimentos em cur- so, como a gestão de esto- que de matérias-primas com robôs, plataformas rolantes automatizados que alimentam máquinas conectadas ao sistema. “Ou seja, da venda da peça até ela cortada, com borda colada e furada, o sistema me entrega uma pilha pronta. Isso nós já temos”, informa. “Há empresas que possuem parte desse sistema em funcionamento. Basta alguns 10-20% do pro- cesso estar interligado para eu poder chamar de 4.0”, diz Muller. Por ter preocupação contínua com a adoção de tecnologias inovadoras, como a RFID e Robô Colaborativo de Lixação (ambas pioneiras no segmento moveleiro), a Florense, montou um projeto específico sobre a Indústria 4.0, com participação do Núcleo de Engenharia Opera- MARCOS MULLER, DIRETOR DA ABIMAQ cional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (NEO-UFRGS), que elaborou um rela- tório de maturidade que aponta os próximos passos da empresa. Nas etapas da jornada 4.0, visibilidade e conectivida- de são as primeiras, virão através do novo sistema produtivo ligado ao ERP. Assim sendo, existirá um impacto na cultura da empresa, alavancada prin- cipalmente pelos ganhos operacionais estratégicos. “O futuro de operações como a da Florense certamente será mais digital dia após dia. O próprio processo de maturidade e a curva de aprendizado criada com as novas tecnologias proporcionammelhores condições de trabalho e eliminam processos e operações que não agregam valor ao cliente”, aponta Felipe L. Corradi, CTO & diretor industrial. GANHOSDEPRODUTIVIDADE Focada no desenvolvimento de soluções inovado- ras em software, a Promob, de Caxias do Sul (RS), desenvolveu a solução end-to-end, que conecta o projeto iniciado na loja com o Promob Studio (o projetista cria ambientes commodulação de di- mensões nunca produzidas na fábrica), passa para a solução 2020Manager que envia o pedido para a fábrica. “Lá é usado a solução Buider, que gera informações de produção (desenhos, estrutura de produtos, programas de máquinas CNC). FELIPE L. CORRADI, CTO & DIRETOR INDUSTRIAL, DA FLORENSE
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