Móveis de Valor - Edição 224

40 moveisdevalor.com.br e solar (que vem crescendo bastante nos últimos anos), com 10%”, informa César Pereira, da CCEE. DUAS DÉCADAS DE MERCADO LIVRE DE ENERGIA Os 29,5 mil que migraram para o MLE corres- pondem a 0,03% do universo de 89 milhões de pontos de consumo existentes no país. Estudo de 2021 da CCEE apontou potencial de cer- ca de 170 mil unidades consumidoras na alta tensão que, ou já podem migrar para o MLE e não o fizeram, ou poderão optar pelo segmento a partir de janeiro de 2024. “Ainda é cedo para avaliar o quanto desse potencial de adesões será concretizado. A decisão é individual, de cada consumidor.”, diz Cesar Pereira. Em números absolutos, a maior fatia de unida- des consumidoras em nível nacional é de baixa tensão, que ainda não pode migrar, sendo 86% de residências. Em setembro do ano passado foi pu- blicada portaria concedendo o direito de escolher o fornecedor para quem está na faixa de alta e média tensão a partir de janeiro de 2024, estima- do em 106 mil usuários. Foi definido ainda um prazo para que a ANEEL e a CCEE apresentem um estudo sobre as medidas regulatórias neces- sárias para permitir a abertura do MLE para consumidores com carga inferior a 500 kW. Pelos cálculos da Abraceel, a cobertura de todo mercado pode iniciar a partir de janeiro de 2026 e com grandes expectativas de proporcionar eco- nomia de 18% na conta de energia elétrica, além de liberar mais de R$ 20 bilhões para a compra de bens e serviços. Krummenauer, da Perfil Ener- gia, lembra que embora grande parte do sistema brasileiro seja baseado em hidroelétricas, com significativa interferência das chuvas, a entrada de usinas alternativas vem crescendo na contri- buição de geração de toda matriz energética. “O momento é extremamente propício para o merca- do livre de energia”, indica. ENTRE AS FONTES INCENTIVADAS, A MAIS REPRESENTATIVA É A EÓLICA A Bontempo, de São Marcos (RS) optou pelo Mercado Livre de Energia em agosto de 2020. Entre a decisão de migrar e o início efetivo do novo modelo se passou cerca de um ano. “Na época, tínhamos e cumprimos o contrato com a RGE (concessionária local) para fornecimento da energia”, informa Felipe Ballardin, gerente de logística e suprimentos. O primeiro contrato tem duração de cinco anos. “O investimento na época foi muito pequeno e o retorno foi imediato, já no primeiro mês”, diz. A economia em relação ao mercado cativo foi de R$ 228 mil no primeiro ano (economia média de 19%), de R$ 837 mil no segundo ano (economia média de 21%) e de R$ 1,021 milhão no terceiro ano (economia média de 23%). Média anual de 20%. “Está valendo muito a pena devido à economia de dinheiro na compra de energia. Mas outro ponto importante é que desativamos o gerador a diesel, diminuindo o custo de manutenção do equipamento, deixando apenas para uso em casos de emergência”, relata. O gerente de Logística e Suprimentos acredita que fá- bricas similares a Bontempo poderiam pensar em fazer a migração para o Mercado Livre de Energia. “Acredito que sim, pois é muito viável financeiramente”, aconselha. A fabricante conta atualmente com 390 profissionais. NABONTEMPOAECONOMIACHEGOUA20% PARA SABER QUANTO SUA EMPRESA PODE ECONOMIZAR, ACESSE PELO QRCODE O SITE DO MERCADO LIVRE DE ENERGIA E FAÇA O TESTE.

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