Móveis de Valor - Edição 226

29 moveisdevalor.com.br vel), aponta que esses mercados apresentam tendência de crescimento de consumo, princi- palmente de móveis seriados, que também é um dos segmentos atendidos pelo projeto setorial. "O Brasil produz e exporta móveis de vários tipos e nichos, dos mais básicos aos de mais alto padrão, todos com excelente qualidade e obser- vando critérios de sustentabilidade”, explica. Fabio Barrionuevo, diretor da FB Export, com uma larga experiência no comércio internacio- nal, é otimista: “Podemos esperar, sim, incre- mento considerável na compra de móveis do Brasil. São regiões onde há expectativa de um bom desenvolvimento econômico para os pró- ximos anos, mercados com população jovem e em crescimento, com ascensão da classe média e um movimento forte de urbanização”, conta o empresário. “É preciso levar em conta, porém, que na Ásia, enfrentamos forte concorrência de grandes produtores mundiais que se encontram na região, como China, Malásia e Vietnã, e que possuem vantagem logística em relação ao Brasil e, em alguns casos, também benefícios de acor- dos comerciais”, adverte. Outro ponto evidenciado por Fábio é a agenda dos governos destas regiões para industrializa- ção de seus países, promovendo a produção local e alguns casos inclusive implementando barrei- ras tarifárias e não-tarifárias para a categoria de móveis importados. “Mesmo levando em conta os pontos citados, acreditamos que há espaço para crescimento das vendas do Brasil para as duas regiões, principalmente se buscarmos diferenciação através do nosso design e acabamentos”, afirma o diretor da FB Export. SOMOS POUCO CONHECIDOS Outra dificuldade para o Brasil é que o país não é muito conhecido como fornecedor de móveis em diversos países das duas regiões. “Muitos importadores ainda não têm ideia da dimensão da nossa indústria moveleira. Há neces- sidade de um esforço maior na promoção comercial do Brasil como fornecedor de móveis para FABIO BARRIONUEVO, DIRETOR DA FB EXPORT estas regiões, seja por parte do gover- no, entidades e por parte das indústrias”, ressalta Fábio, lem- brando que há parti- cipação extremamen- te pequena do Brasil nas principais feiras do setor que aconte- cem na Ásia, princi- palmente na China, Malásia e Vietnã. Clarissa Franco, da ApexBrasil, ressalta que o desafio é tornar o Brasil mais competiti- vo em outros mercados como África e Ásia, em virtude do preço e qualidade praticados

RkJQdWJsaXNoZXIy MzE5MzYz