Móveis de Valor - Edição 226
36 moveisdevalor.com.br para conseguir competir com a concorrência das fábricas”, continua Gaspareto. “Além disso, é preciso oferecer uma boa experiência de com- pra que envolva tecnologia e interatividade e, se o varejista não tiver esse diferencial, ele vai ter perdas significativas porque os fabricantes certamente tem”, alerta o consultor. Por fim, Gasparetto observa que há uma gran- de parcela de empresários do setor moveleiro focados em lamentar o momento macroeconô- mico atual do país ou tentando ligar a diminui- ção do seu faturamento à política do Brasil sem se atentar aos impactos da pandemia que ainda são recentes. “É preciso lembrar que os clientes que costumavam frequentar as lojas, agora estão em peso em sites de empresas e produtos para entender com qual loja eles irão se relacionar”, explica o consultor, enfatizando que 45% dos consumidores quando pensam em comprar um móvel, se direcionam à internet. “Não signifi- ca que eles vão, de fato, comprar online, mas o primeiro contato que eles terão com a empresa e com os produtos será na internet”, observa Gasparetto. “Ou seja, ao invés de lamentar o momento econômico, vamos tentar começar a pensar o seguinte: o que eu posso fazer para promover uma sinergia entre o online e o físico, para que o cliente se sinta à vontade e convidado a frequentar tanto minha plataforma eletrônica quanto minha loja física?”, finaliza o especialista. QUEM COMPRA MAIS MÓVEIS NO BRASIL? Agora que você já entendeu quais fatores estão influenciando atualmente nos hábitos de compra dos brasileiros, chegou a hora de entender qual o perfil de consumidor que mais com- pra móveis no país. Segundo uma pesqui- sa realizada pela Opinion Box em 2020, a compra de móveis é mais frequente no Brasil entre as ALEX GASPARETTO, CONSULTOR DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL mulheres. O levanta- mento também apon- ta que 66% das entre- vistadas afirmaram ter comprado móveis nos últimos 12 meses, enquanto apenas 50% dos homens relata- ram ter feito a mesma compra. Além disso, a mesma pesquisa apontou que a faixa etária que mais com- pra móveis é a de 25 a 34 anos, representan- do 39% dos entrevis- tados. Em seguida, a faixa etária de 35 a 44 anos representa 27% dos entrevistados que compraram móveis nos últimos 12 meses. Para Paulo Escrivano, as novas configura- ções familiares, a bio- filia radical, um novo mindset financeiro e a necessidade de casas mais conectadas ou inteligentes são as grandes responsáveis pelas mudanças no perfil de compradores de móveis nos últimos anos. “A casa é um reflexo da nossa vida, assim como uma peça de roupa pode ex- pressar quem somos”, reflete o head. Já quando o assunto é a influência do poder aquisitivo da popula- ção em relação ao que as pessoas consomem, Escrivano observa que a classe média brasi- leira costuma investir em itens como sofás,
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