Móveis de Valor - Edição 226

lidade e eficiência do sono, para melhor ou para pior, diz Rosilene Cury, psicóloga, pós-graduada em gestão empresarial pela FGV e consultora do sistema de gestão da qualidade do grupo Maxflex. Ela explica que o sono é formado por um conjunto de atividades. “Para começar, não nos deitamos e dormimos. Estamos acordados e aí começa uma descida que é chamada de sono leve (fases 1 e 2), depois descemos para uma fase mais profunda, de ondas lentas (fases 3 e 4) e finalizamos esse primeiro ciclo com o sono REM”, esclarece Rosilene, lembrando que o ser humano nasce programado para dormir diariamen- te, de 7 a 8 horas por noite. A demência e o Alzheimer, segundo ela, estão ligadas a má qualidade do sono porque durante uma das fases mais pro- fundas acontece uma “faxina no cérebro”. Em outras palavras, dormimos para con- sertar aquilo que foi “estragado” durante o dia. “Durante o dia acontecem muitas coisas que comprometem a nossa saúde f ísica e mental. Uma das funções do sono é fazer essa manutenção, limpeza do cor- po”, ilustra Rosilene. “Ao deitarmos, estamos no sono leve, com 50% da memória no mundo real e 50% dormindo. Para descer ao profundo preci- samos de um nível de relaxamento muito maior, mas se temos uma superfície que provoca algum tipo de incômodo, o que acontece? Saio do sono leve na ten- tativa de entrar no sono profundo e quando procurar entrar no ciclo REM eu certamente terei algum grau de desconforto”, analisa. O papel do colchão Aqui entra o papel da indústria. A su- perfície sobre a qual repousamos tem que estar conforme a arquitetura do sono. A indústria entra de forma direta nisso. “Aquelas que estão alinhadas com o objetivo de auxiliar as pessoas a dormirem bem para terem um sono de qualidade, precisam entender essa arqui- tetura, como ela funciona, e desenvolver produtos que possam responder de for- ma dinâmica a essa arquitetura do sono. Tenho que ter um produto que concorde com a atividade que será exercida sobre ele”, reitera Sidney da Silva. “Quando não se dorme e não se alcança o sono profundo de qualidade, utilizando uma superfície sem conformidade com a qualidade do sono, a pessoa acabará dormindo porque precisa dormir, mas não necessariamente terá um sono de qualida- de”, conclui o empresário. Rosilene Cury, psicóloga, e Sidney Golçalves da Silva, presidente da Comissão de Marketing e Comunicação da Abicol UNIVERSO ABICOL | 5

RkJQdWJsaXNoZXIy MzE5MzYz