Móveis de Valor - Edição 226

Normas da ABNT unificadas irão proporcionar mais racionalidade Rogério Soares, que além de presidente da comissão de Normas e Certificações da Abicol, coordena a Comissão de Es- tudos do Colchão da ABNT, comenta a unificação da norma ABNT NBR 17034 Colchões e colchonetes – Terminologia, requisitos e métodos de ensaio. Segundo ele, o processo que foi concluí- do recentemente, serviu para revisar e racionalizar métodos e metodologias de análise dos colchões em vigor desde 2011, afinal em doze anos muita coisa mudou. “A unificação das normas de colchões vai proporcionar maior racionalidade, inclu- sive com a redução de testes que não tinham qualquer impacto na qualidade do colchão como um todo”, afirma, acres- centando que a revisão levou em conta o aprendizado que a Certificação Compul- sória proporcionou ao longo dos anos. “Infelizmente algumas empresas insistem em descumprir alguns requisitos, e estes requisitos é que devem ser observados. Esperamos que o Inmetro, faça desta nova norma o “espelho” do seu regula- mento o quanto antes, de forma a evitar que os regulamentos fiquem em descom- passo coma a norma técnica e impedir que tais documentos fiquem vinculados a normas canceladas”, destaca. Quando questionado se o nível de exi- gência dos requisitos obrigatórios está condizente com as condições de produ- ção, comercialização e ações de vigilância, Rogério devolve com uma pergunta: “Para que testar algo irrelevante num todo?”. E explica: “na norma anterior, se uma espu- ma convencional tivesse 1% a menos na resiliência, toda a família de produtos teria sua certificação suspensa. E isso não é relevante. Agora, se um colchão tem em seu teor de cinzas um valor fora do padrão, todos os outros parâmetros serão prejudicados, principalmente aqueles rela- cionados com a durabilidade do colchão”. Para ele, é preciso levar em consideração a graduação da não conformidade. “Nos- sas empresas trabalham com algo extre- mamente manual e um pequeno erro pode levar uma situação que a empresa seja seriamente prejudicada. O exemplo da etiqueta ilustra bem. Um caso hipo- tético em que na etiqueta aparece que o percentual de poliéster é de 50% e o correto é 30%, é um erro e precisa ser corrigido, mas isso não acarreta grave prejuízo ao usuário do colchão. Diferente, por exemplo, de um fabricante informar erroneamente a densidade, o número de molas ou a espessura da espuma. Isso sim é erro grave”, esclarece. As normas e os regulamentos devem acompanhar a evolução que ocorre nos processos produtivos e no surgimento de novos materiais e tecnologias. A Comis- são de Normas e Certificações da Abicol está atenta para promover as atualizações sempre que necessário. Rogério Soares Coelho, Comissão de Normas e Certificações UNIVERSO ABICOL | 8

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