Móveis de Valor - Edição 226
85 moveisdevalor.com.br A partir daí, a dupla passou a desenvolver móveis para a marca própria e produtos para outras indústrias. Eles contam que cada projeto é uma nova empreitada, contudo precisam levar algumas coisas em consideração. “Se é um pro- duto para a nossa marca, buscamos identificar as necessidades do usuário, pensamos na função e quais produtos são interessantes adicionar- mos ao nosso portfólio. Já se for um produto para licenciar, é necessário, em primeiro lugar, conhecer nosso parceiro. Precisamos saber com quais materiais ele trabalha, qual a capacidade produtiva, público-alvo, como seus produtos são comercializados e transportados, e assim em diante”, afirmam Geovana e Ícaro. Depois disso, o próximo passo é colocar as ideias no papel, sempre sem perder a lingua- gem que representa o espírito do estúdio. “Na hora do desenvolvimento de novos produtos, trabalhamos juntos e com as mesmas respons- abilidades, ora separamos os projetos, ora nos debruçamos sobre eles, porém sempre discuti- mos bastante, todos eles. Jamais um produto sai do estúdio sem a participação de ambos. O processo colaborativo é um elemento impor- tante para o estúdio”, comenta Ícaro Lima. Geovana conta que a maior inspiração para os projetos são as pessoas. “Tentamos sempre per- ceber hábitos e necessidades que podem existir no cotidiano e buscamos apresentar soluções criativas ou até mesmo propor novas alternati- vas que possam ser inseridas no estilo de vida desse indivíduo”, explica. Já sobre os materiais que gostam de trabalhar, Geovana e Ícaro falam que, desde o início, gos- tam de usar madeira, aço e alumínio, além da tapeçaria para compor os estofados. “Acredita- mos que o material pode ser apenas um meio de viabilizar um projeto, mas também defendemos que ele pode ser o ponto de partida de outros. Esse é o caso do nosso último projeto, a cadei- ra Prosa, que é feita em Apuí – uma espécie de cipó da região Norte. Nos apaixonamos por este material, pois é sustentável, muito dinâmico e carregado de significados, e que ao longo dos anos foi sendo esquecido e substituído por ma- teriais mais “simples” de se utilizar industrial- mente”, exemplificam. SAPATEIRA RIPA BANQUETA BALI
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