Móveis de Valor - Edição 227
17 moveisdevalor.com.br to para acabar com lixões a céu aberto. À época, alguns empresários pensavam que a Fepam poderia até fechar fábricas. Foi a partir dessa necessidade das empresas que a Proamb nasceu, com apoio de aproximadamente 30 empresários mantenedores, a maioria do setor de móveis”, conta o presidente da Proamb, Neri Basso, um entusiasta do tema. O empresário lembra que o trabalho iniciou com a identificação dos passivos ambientais e a partir daí surgiu a primeira unidade de aterro na vizinha Pinto Bandeira. “Chegamos em ummomento, no entanto, que Bento Gonçalves (Pinto Bandeira era distrito de Bento) sozinha não teria escala. Fomos então para outras cidades do interior do estado e para outros se- tores econômicos”, comenta o presidente da Proamb. Além do setor industrial, a Proamb atende a área de serviços, totalizando seis mil empresas, incluindo postos de gasolina, farmácias. Ao todo são geradas 7 mil toneladas mensais de resíduos. Depois do primeiro aterro surgiu a área de en- genharia para pesquisar tecnologias para a não geração de resíduos, e uma área de educação. “Tudo isso gerou a consciência coletiva de termos proces- sos mais civilizados e ambientalmente mais corre- tos”, diz Basso. E a Proamb continuou evoluindo. O passo seguinte foi a aquisição do passivo da Fiema Brasil – Feira de Negócios e Tecnologia emMeio Ambiente, cujas duas primeiras das nove edições foram realizadas pela Abepam – Associação Ben- togonçalvense de Proteção ao Meio Ambiente. Sete foram sob a gestão da Proamb. Todo o resíduo com poder calorífico é triturado e depois gerado energia para a indústria de cimentos. Hoje, de um total de 7 mil toneladas/mês proces- sados pela Proamb, cerca de 3 mil toneladas são enviadas para cinco cimenteiras. Materiais como espuma, borras de tinta e cromo, além de plástico e panos sujos servem como CDR - combustível derivado de resíduo, utilizado para o cozimento do calcário em fornos rotativos. As cinzas são incor- poradas no cimento. É um combustível alternativo sobre o coque de petróleo, que opera entre 7 mil e 8 mil calorias. Os CDRs ficam na faixa de 4 mil calo- rias”, informa o presidente da Proamb, acrescentan- do que os resíduos deixam de existir na combustão. A diferença é que o preço do coque atualmente está muito elevado em função da alta do preço do barril de petróleo. As serragens do aglomerado e MDF es- CETEC POSSUI CAPACIDADE DE 10 MIL TONELADAS MÊS DE BIOMASSA SECA UNIDADE DA PROAMB, EM BENTO GONÇALVES tão sendo direcionadas para olarias, o que não é uma solução adequa- da porque a queima em baixa temperatura não é a melhor solução. “Somos uma prestado- ra de serviço, com uma unidade de engenharia, de educação em Bento Gonçalves, aterros em Pinto Bandeira, Far- roupilha e coprocessa- mento emNova Santa Rita”, enumera Basso, não escondendo o de- sejo de o case Proamb ser reconhecido em nível mundial. AÇÕES EMUBÁ EmUbá (MG) o Inter- sind (Sindicato Inter- municipal das Indús- trias do Mobiliário de Ubá) vai além do traba- lho de conscientização e orientação ao associado que já vem sendo feito na região. “O Intersind busca constantemente soluções para a valori- zação dos resíduos do polo. Periodicamente, são solicitadas informa- ções sobre os resíduos gerados aos associados. Os dados coletados são utilizados em estudos e projetos, em parceria comUniversidades, Institutos e outras or- ganizações, que visam o desenvolvimento de soluções para a logísti- ca e/ou destinação final dos resíduos, de forma a reduzir os custos e agregar valor”, informa a equipe de meio am- biente do sindicato. LABORATÓRIO DE TESTES DA PROAMB
RkJQdWJsaXNoZXIy MzE5MzYz