Móveis de Valor - Edição 227

63 moveisdevalor.com.br vigor. “Não precisa correr para adquirir a ABNT NBR 17034:2023. Se, porém, houver interesse em conhecê-la, a aqui- sição pode ser realizada para fins informativos”, explica a especialista, re- comendando aguardar o posicionamento oficial do organismo certificador. “Sugiro também que acompanhe a movimen- tação das entidades competentes para garantir a conformidade e qualidade dos produtos ofereci- dos. Possivelmente, haverá uma atualização nas portarias de colchões, o que impactará a adoção da ABNT NBR 17034:2023 e estabelecerá as diretrizes a serem seguidas”, diz Camila Silveira, reforçando que a constante busca pela melhoria e excelência deve ser mantida, independentemente da publicação de uma nova norma. (Veja mais de- talhes no artigo de Camila Silveira nesta editoria). Indagado se o nível de exigência dos requisitos obrigatórios está condizente com as condições de produção, comercialização e ações de vigilân- cia, Rogério Coelho devolve com uma pergunta: “Para quê testar algo irrelevante num todo?”. E explica: “na norma anterior, se uma espuma convencional tivesse 1% a menos na resiliência, toda a família de produtos teria sua certificação suspensa. E isso não é relevante. Agora, se um colchão tem em seu teor de cinzas um valor fora do padrão, todos os outros parâmetros serão prejudicados, principalmente aqueles relaciona- dos com a durabilidade do colchão”. A importância das normas técnicas na indús- tria é indiscutível, pois elas garantem a qua- lidade, desempenho e segurança de produtos e serviços. No entanto, é natural que paralelamen- te a modernização surjam dúvidas quando uma nova norma é publicada. É o caso da ABNT NBR 17034:2023 – Colchões e colchonetes – Terminolo- gia, requisitos e métodos de ensaio, que vem para unificar as normas 13579-1 e 15413-1. Nesse caso, a orientação é ter muita calma e cautela. Rogério Soares, presidente da comissão de Normas e Certificações da Abicol e coordenador da Comis- são de Estudos do Colchão da ABNT, comenta que as normas e os regulamentos devem acompanhar a evolução que ocorre nos processos produtivos e no surgimento de novos materiais e tecnologias. “A Comissão de Normas e Certificações da Abicol está atenta para promover as atualizações sempre que necessário”, assinala, referindo-se ao processo de unificação concluído recentemente e que serviu para revisar e racionalizar métodos e metodologias de análise dos colchões em vigor desde 2011. “A unificação das normas de colchões vai propor- cionar maior racionalidade, inclusive com a redu- ção de testes que não tinham qualquer impacto na qualidade do colchão como um todo”, afirma o empresário, acrescentando que a revisão levou em conta o aprendizado que a Certificação Compulsó- ria proporcionou ao longo dos anos. Para Camila Silveira, Especialista em Certificações de Colchões e Conselheira Editorial do Anuário de Colchões Brasil, entretanto, não significa que se deva agir imediatamente e atualizar todos os documentos externos. A gestão da empresa pode continuar seguindo as normas que já estão em Normas ABNT para colchões foram unificadas ROGÉRIO SOARES, PRESIDENTE DA COMISSÃO DE NORMAS E CERTIFICAÇÕES DA ABICOL

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