Móveis de Valor - Edição 228

26 moveisdevalor.com.br Tecido de colchão pode se transformar em baterias de veículos elétricos ELETRODOS NAS BATERIAS DE LÍTIO QUE ALIMENTARÃO OS VEÍCULOS ELÉTRICOS DE AMANHÃ PODEM SER FEITOS DE TECIDOS DE COLCHÕES RECICLADOS E m um estudo de três anos no National Insti- tute for Materials Advancement da Pittsburg State University, no Kansas, pesquisadores liderados pelo Dr. Ram Gupta desenvolveram um processo que transforma os tecidos de colchões em materiais de carbono condutores usados para fazer os ânodos e cátodos em lítio (baterias recar- regáveis de enxofre). Essas baterias de lítio-en- xofre de próxima geração têm duas a três vezes mais capacidade de armazenamento de energia do que as baterias convencionais de íon-lítio. No projeto, financiado pelo Conselho de Reci- clagem de Colchões (MRC), os pesquisadores converteram e testaram fibras de coco, almofadas de pouca qualidade (produto de feltro já feito de tecidos reciclados) e fibras de algodão em aplica- ções de bateria. Estes materiais hoje são difíceis de reciclar. A equipe do Dr. Gupta descobriu que o algodão ESPECIAL COLCHÕES era o melhor material para construir essas no- vas baterias. Os resultados preliminares indi- cam que as baterias recarregáveis experimentais têm desempenho igual ou melhor que as baterias convencionais e não requerem metais escassos, como níquel, manganês e cobalto, que são encon- trados em muitas das baterias de lítio atuais. “Esta pesquisa é significativa por várias razões. Enfrentamos uma escassez global de matérias- -primas de carbono adequadas para a fabricação de eletrodos, necessários para atender à crescente demanda por baterias recarregáveis. Os têxteis – e não apenas os colchões – são difíceis de reciclar, mas podem fornecer uma matéria-prima barata, limpa e abundante para atender às necessidades atuais e emergentes. O fornecimento de matérias- -primas a partir de materiais reciclados significa que eles têm uma pegada ambiental muito menor em relação às fontes convencionais”, afirmou o Dr. Gupta. Apoio