Móveis de Valor - Edição 228

33 moveisdevalor.com.br passagem da primeira para a segunda geração costuma ter menos conflito. “Em geral, a passa- gem é feita de pais para filhos. A partir da segun- da geração já costuma aumentar o número de envolvidos, assim como as chances de interesses divergentes”, pontua. Cesar lembrou que a maioria das empresas não sobrevive ao desaparecimento do fundador, inclusi- ve por não trabalhar na sucessão com antecedência. “Esse é um processo gradual, que leva de três a oito anos e precisa analisar se a melhor pessoa para suceder é um familiar, um funcionário de carreira na empresa ou um profissional do mercado, sempre levando em conta a meritocracia, a competência do sucessor”, orienta, lembrando que cada caso é um caso. E o especialista alerta que sucessão não é sim- plesmente tirar um para entrar o outro. “É preciso encontrar uma função para o sucedido. Ele pode fa- zer parte do conselho, ser um embaixador da marca ou mentor de jovens talentos. É preciso aproveitar a experiência e acolher quem levou a empresa até aquele ponto”, sugeriu. SUSTENTABILIDADE EMPAUTA O tema foi abordado no painel internacional, comando pelo CEO da TripleR, Stefan Cognie, que apresentou o projeto que vem desenvolvendo na Bélgica para logística reversa de colchões. Segundo ele, a partir de 2025 a Bélgica terá que garantir a circularidade dos produtos e um projeto público privado, encabeçado pela TripleR, vem encontran- do os caminhos para isso. “A TripleR fornece um ecossistema para todas as partes interessadas na indústria e, através de etiqueta digital é possível ras- trear o colchão e identificar todos os componentes na hora do desmanche para reciclagem”, destacou. Segundo ele, entre 35 milhões e 50 milhões de colchões são descartados anualmente na Euro- pa. No Brasil, estima-se 20 milhões/ano. Na sua avaliação, é preciso parar com o desperdício e colocar o colchão na economia circular. Para isso, é necessário rastrear o produto e ter em mãos todos os insumos que compõem o colchão. “Só assim teremos condições de reciclar e dar desti- nação correta aos componentes, tirando do meio ambiente todo esse lixo e transformando parte em materiais a serem novamente utilizados no processo de fabricação”, apontou, acrescentando que a TripleR está disponível para trabalhar em RODRIGOMIGUEL DE MELO, PRESIDENTE DA ABICOL, ABRIU O EVENTO A DIRETORA EXECUTIVA DA ABICOL, ADRIANA PIERINI, COMANDOU O BATE PAPOCOMOS NOTÁVEIS INDUSTRIAIS COLCHOEIROS CÉSAR SOUZA, PRESIDENTE DOGRUPO EMPREENDA, FALOU SOBRE SUCESSÃO FAMILIAR ESTEFEN COGNIE, DIRETOR DA TRIPLER, APRESENTOU OCASE DE LOGÍSTICA REVERSA DA BÉLGICA

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