Móveis de Valor - Edição 229
21 moveisdevalor.com.br existem aqueles que possuem espaços menores e optam pelas cozinhas compactas, que se ajustam a estes ambientes”, explica. As cozinhas moduladas também estão em alta no e-commerce e viraram o grande alvo da startup MadeiraMadeira. “Estamos apostando nesse conceito, pois oferece a vantagem de se adaptar aos espaços com um preço muito mais competitivo que os móveis planejados, além de apresentarem acabamentos bem similares. Acredito que as tendências estão muito vinculadas à customização dos espaços, o que não é o caso dos móveis seriados”, afirma Santiago Antoranz Pons, vice-presidente da empresa. Santiago também exalta o sucesso das cores sólidas e um pouco mais chamativas. “Estamos saindo um pouco do branco, oferecendo soluções mais alegres, como nas cozinhas americanas. O verde menta, o azul turquesa e tons pastel caíram no gosto popular”, acrescenta. O executivo admite que ficou surpreso com o sucesso da linha Arizona, da marca própria CabeCasa, que investe em cores fora do clássico, como é o caso do verde menta e terracota. O vice-presidente da MadeiraMadeira aproveita também para enaltecer a indústria moveleira nacional que, segundo ele, está preparada para acompanhar as tendências internacionais. “No passado essas tendências chegavam com um certo delay, já que o pessoal acompanhava a feira de Milão e com o tempo traziam equipamentos para implementar novos acabamentos, por exemplo. Mas hoje, o parque fabril do Brasil, principalmente para móveis de painéis, está em nível muito alto e eu não vejo muita diferença em relação ao que tem lá fora em termos de acabamento e pintura. E, mais uma vantagem perante outros mercados, a indústria local é muito forte e isso ajuda na rápida adaptação às tendências internacionais”. E sobre o ticket médio das vendas de móveis de cozinha no site do MadeiraMadeira? Santiago responde que é muito relativo. “O que eu posso afirmar é que, quando a gente compara uma linha seriada com uma modular, estamos falando de no mínimo 50% ou 70% de valor agregado a mais, porque o cliente entende que consegue otimizar muito melhor o espaço, então você passa de uma cozinha de 1.000 a 1.500 reais até uma de FABIO FORNARI, GERENTE DE PRODUTOS DA LOJASMM 3.000 ou 4.000 reais, o que ainda é um preço absurdamente competitivo se comparar com um planejado”, enfatiza. Mas existe quem discorda de Santiago Antoranz em relação a competência da indústria brasileira. Nei Bacetto, diretor- presidente do Baianão Móveis (rede com 29 lojas da Bahia), admite que “muito vem sendo feito para seguir as tendências, mas temos espaço para evoluir ainda mais, principalmente quando se trata de móveis para cozinha. Acho que a indústria deveria seguir mais de perto as que atuam com linha alta, o planejado, e trazer a tecnologia destas linhas, com valor que caiba no bolso de quem compra as populares”, analisa. Nei comenta que as cozinhas que mais fazem sucesso são as que “oferecem algo a mais”, como acessórios modernos, que tra- gam vantagens para o usuário. “As cores que mais se vende são o off white, grafite e tem um verde que está come- çando a despontar aqui na Bahia. As pessoas estão se interessando pelas cores novas nas cozinhas”, indica. SANTIAGO ANTORANZ PONS, VICE- PRESIDENTE DAMADEIRAMADEIRA NEI BACETTO, DIRETOR PRESIDENTE DO BAIANÃOMÓVEIS
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