Móveis de Valor - Edição 230
10 moveisdevalor.com.br NÃOSOBRAPARATODOMUNDO Tenho insistido aqui que o mercado de móveis tem se estreitado ao longo dos anos, mas aperta aqui aperta ali e sempre sobrava um pouco para maioria. Só que agora não. O volume de dinhei- ro para compra de móveis vem encolhendo se considerar o valor nominal e a inflação, como se nas pesquisas de preços do IBGE. A contra- ção é clara e permanente, exceto por um soluço imediatamente após a pandemia. Agora, fazer diferente e mostrar o que está sendo feito vai fazer toda a diferença. Por Ari Bruno Lorandi, CEO do Intelligence Group CASAS BAHIA VOLTA A SER CASAS BAHIA Antes tarde do que nunca, mas existem casos em que o tarde já é muito tarde. O agora Grupo Casas Bahia está atravessando a pior crise de sua história. Para se ter ideia, em 4 de janeiro de 2021 – portanto pouco mais de dois anos e meio atrás – a ação da empresa valia R$ 16,49. No dia 18 deste mês estava cotada a R$ 0,72. Uma queda de 95,6%. Vem aí um plano de reestruturação, com fechamento de 100 lojas e descontinuação de várias categorias de produtos. É o último movimento antes do pedido de Recuperação Judicial. Samuel Klein, o fundador, deve estar se revirando no túmulo. QUEMCUIDA DOCOMPRADOR DE COLCHÃO? O Inmetro e o Ipem com certeza não. O primeiro vive à deriva porque, comandado pelos políticos, toca conforme a música. E colchão nem sempre faz parte do repertório. O segundo, embora tenha estrutura, não tem vontade política para agir. Chega ao cúmulo de avisar as empresas antes de fazer uma fiscalização, como se quisesse que o fiscalizado arru- masse a casa antes. Então, quem está tentando fazer o serviço pelos órgãos oficiais é o Observatório do Colchão, uma entidade independente bancada com recursos dos próprios fornecedores e fabricantes, via Abicol. Mas fiscalizar quase 400 fábricas espa- lhadas pelo país não é tarefa fácil. O Iner fez isso por muitos anos e contava com um grande aliado, o selo que atesta- va a qualidade e tinha a confiança do consumidor. Está na hora de pensar em algo no qual o comprador possa confiar na hora de escolher o seu colchão. QUEMQUER O IPHONE 15? A Apple apresentou dia 13 de setembro o novo iPhone 15 e suas variantes, incluindo o iPhone 15 Plus, iPhone 15 Pro e iPhone 15 Pro Max. No Brasil, o iPhone 15 Pro Max será vendido a partir de R$ 10.999, equivalente a 8,3 salários- mínimos do país. Em contraste, na Venezuela, são necessários – apenas para efeitos de comparação – 308,2 salários-mínimos mensais para adquirir o smartphone. Na América Latina, o Uruguai é onde se gasta menos, “apenas” 2,1 salários-mínimos.
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