Móveis de Valor - Edição 230
28 moveisdevalor.com.br Carla Beni lembra que antigamente não era nem possível abordar esse assunto em escolas por ques- tões técnicas mesmo, já que o país sofreu bastante economicamente até chegar ao Plano Real. “As gerações antigas, como a minha e outras, viram o Brasil chegar a uma inflação de 60% ao mês. Então, num país com um processo inflacionário nesse patamar, você não consegue sequer ter um professor que consiga ensinar educação financeira na escola”, explica. “É preciso fazer um planejamento, mesmo que seja mínimo, usando apenas uma folha de papel e uma caneta, colocando todas as despesas fixas do mês, para evitar o constrangimento de se tornar inadimplente, já que isso passa a afetar até outras áreas da vida, como a profissional e emocional”, complementa a mestra em economia. Além de parceira no Desenrola Brasil, a Serasa também busca orientar os cidadãos para evitar a inadimplência. Entre as iniciativas da empresa para contribuir com o combate ao endividamento, Serasa na Estrada oferece serviço itinerante para levar educação financeira, oportunidades de rene- gociar dívidas e outros atendimentos relacionados ao crédito do consumidor. O caminhão, já passou por Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Curitiba (PR), e vai percorrer 22 cidades do país em uma jor- nada que começou no último dia 08 de agosto e vai até fevereiro de 2024, quanto encerra a viagem em Manaus num total de 10.500 quilômetros rodados. SOLUÇÕES PARA VAREJO E INDÚSTRIA Quando olhamos para todos os elementos envolvi- dos na economia, percebemos que a inadimplên- cia dos brasileiros é prejudicial inclusive para a indústria, que produz o que está sendo ofertado no varejo. Afinal, se o consumidor não paga o vare- jista, a conta não fecha também na relação entre varejo e indústria. De acordo com André Alonso, diretor comercial da Blu – empresa de soluções financeiras para varejo e indústria, o varejista costuma vender a maior parte dos produtos no cartão de crédito. “A principal for- ma de pagamento e a mais segura ainda é o cartão de crédito. Essa queda na inadimplência do con- sumidor é um ótimo sinal. O consumidor estando mais saudável financeiramente, temmais crédito no cartão para comprar no varejo, ajudando a cadeia até a indústria, mesmo que isso leve algum tempo”, analisa. O diretor comercial da Blu lembra que no primeiro semestre o varejo sofreu com ven- das fracas e isso teve consequências também para a indústria, por conta da inadimplência de alguns varejistas, que aumentaram os estoques e depois não conseguiam pagar pelas mercadorias. “Para resolver esse tipo de situação a gente ofe- rece soluções a fim de que a indústria tenha a segurança do cartão de crédito, ou seja, ele vai ter a garantia do recebi- mento”, complementa. E para o varejista, que sempre começa o segundo semestre empolgado com as grandes datas, como a Black Friday, André conta que a Blu oferece crédito com a indústria para antecipar os recebíveis. “Utilizando a Blu, o varejo pode comprar com qualquer indústria parceira da Blu (são mais de 3.000 no País), usando suas vendas em cartão como limite de crédito. Além disso, pode pagar zero de antecipação de recebíveis. A indústria por sua vez não tem nenhum risco de recebimento”, destaca o diretor. ANDRÉ ALONSO, DIRETOR COMERCIAL DA BLU
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