Móveis de Valor - Edição 230
32 moveisdevalor.com.br Compras parceladas sem juros no cartão sofrerão mudanças Q ue o uso de cartão de crédito corresponde a cerca de 40% do consumo das famílias, não há dúvida. O problema é que 75% das transações feitas no comércio varejista utilizam uma distorção existente somente no Brasil que é o parcelamento sem juros. Estudo da Federação dos Bancos do Brasil mostra que a eliminação dessa modalidade que ocupou o espaço do cheque pré-datado e é definido pela entidade como “jabuticaba brasileira”, poderia reduzir pela metade o custo com o pagamento de juros nominais no País, dos atuais 12,42% ao mês, para níveis praticados em outros países da América Latina, de cerca de 6,6% a.m. O tema vem na esteira da discussão de criação de um teto para as taxas de juros cobradas no chamado rotativo do cartão de crédito. O governo federal deve apresentar uma proposta para o problema até novembro. Na Câmara, se fala em reduzir os juros do rotativo de 12% para 8% ao mês, o que, segundo a Febraban, tiraria de circulação 65 milhões de cartões, prejudicando a oferta do produto para a classe mais baixa. De acordo com o Banco Central, a média dos juros no rotativo, os maiores do mercado, é de 437,3% ao ano. Conforme a Febraban, o cartão de crédito é responsável por um volume de compras na ordem de US$ 406 VAREJO ELIMINAÇÃODOCRÉDITOROTATIVOPODERIAREDUZIRPELAMETADEOCUSTOCOMO PAGAMENTODE JUROSNOMINAISNOPAÍS, DOSATUAIS 12,42%AOMÊS, PARA6,6%A.M. OCARTÃODECRÉDITORESPONDE PORUMVOLUMEDECOMPRASDEUS$ 406 BILHÕES, OU21%DOPIB. NÚMEROS SUPERIORESADEOUTROS PAÍSES LATINO-AMERICANOS OCONGRESSODEBATEACRIAÇÃODEUMTETODE JUROS PARAOROTATIVO, ENQUANTO OPRESIDENTEDOBANCOCENTRAL SUGEREQUEAMODALIDADEDEVEDEIXARDE EXISTIR Por Guilherme Arruda, jornalista convidado
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