Móveis de Valor - Edição 230

51 moveisdevalor.com.br diversificado, um produto praticamente acabado. É uma grata surpresa. Nossa carteira está melhor do que o ano passado”, diz Paulo Freitas, diretor comercial da Eucatex. “Acredito que o segundo se- mestre deve aquecer, nada absurdo, alguns degraus, por conta da taxa de juros, a confiança do consu- midor acima de 2022. Sabemos que não haverá nenhum boom, mas será um degrau a mais do que no primeiro semestre”, compara. Segundo ele, clientes com foco na exportação estão particularmente animados, porque o mundo está recompondo estoques. Clientes no varejo sofrem alguma dificuldade pelo comportamento do próprio varejo, mas alguns tem crescimento de dois dígitos e estão bem animados. Paulo Freitas, enfatiza que a realização da feira em agosto é uma data importan- te. “Nesse período os moveleiros estão planejando o que será seu portfólio para 2024. Ou seja, é um momento bom para lançamento de novos padrões. PRESENÇACHINESA Desde que começou a importar centros de usina- gem, coladeiras de bordas e centros de furação da China cinco anos atrás, a CNCTech Máquinas, de Garibaldi (RS) tem crescido ao ritmo de 40% ao ano. Não será diferente em 2023 pelo que se viu na Fimma. De forma lenta e gradual, a empresa informa que vem ofuscando a hegemonia alemã e italiana ao entregar mais do que tecnologia, produ- tividade e qualidade: vem oferecendo seu portfólio pela metade do preço. José Aldair da Silva, diretor da CNCTech atreve-se a prognosticar “que o mercado europeu vai desa- parecer no Brasil com a entrada do maquinário chinês, algo semelhante ao que começou no setor metalmecânico 20 anos atrás”, profetiza. Em sua segunda participação na feira, recebeu mais interes- sados no seu estande do que em na edição passada. “Fechei negócio e a perspectiva é de surjammais”, comemora, acrescentando que faz financiamento direto e opções com linhas do BNDES. “Já tenho nome no mercado”, festeja. A Avelan Móveis, fábrica localizada no município de Nossa Senhora da Glória, distante cerca de 120 km da capital de SE, produz predominantemente roupeiro (média de mil unidades por dia), além de home-theater, estantes, cozinhas e salas de jantar empregando basicamente MDP (70%) e MDF A CHINAMANDOU OQUE TEMDE MELHOR AO BRASIL EUCLIDES LONGHI, PRESIDENTE DAMOVERGS JOSÉ ALDAIR DA SILVA, DIRETOR DA CNCTECH (30%). Com 25 anos de mercado Norte e Nor- deste, a empresa procu- rou a Fimma para fazer a atualização do seu maquinário e ver novi- dades para melhorar a qualidade, além é claro, para diminuir os custos de produção. Álvaro Cruz, 31 anos, engenheiro de pro- dução, pertencente a segunda geração, encontrou o que pro- curava: um centro de furação. “Hoje é a nossa maior necessidade. Ela vem para acrescentar, para executar pontos pequenos e atender lotes pequenos (protóti- pos), possibilitar novas linhas, além de um ganho no retrabalho e na assistência”, informa o empresário, lembran- do que ela pode fazer mil peças por dia. “Essa máquina vai fazer os protótipos das linhas 2024”, avisa. DEPOIMENTOS Márcia Marmelo, diretora da Artibem ENGENHEIRO ÁLVARO CRUZ, DIRETOR DA AVELAN MÓVEIS, DO SERGIPE