Móveis de Valor - Edição 230

83 moveisdevalor.com.br as cores e formas de elementos naturais, materiais sustentáveis e florais também po- dem ser utilizados. Em relação às cores, texturas e estampas mais utilizadas nesse estilo de decoração, a arquiteta aposta nos tons terrosos, verdes, florais e materiais como palha, mármo- re, pedras, madeira e, claro, muitas plan- tas espalhadas pelo ambiente. “Tudo isso ajuda a promover uma reconexão das pes- soas com a natureza, mesmo que elas vivam em grandes cidades”, comenta a especialista. “É essencial para os seres humanos esse sentimento de per- tencimento e conexão com o espaço, com a natureza, consigo e com o outro. É preciso estimular o senso de união, desenvolvendo espaços de convivên- cia que promovem a interação social”, conclui Camila. pré-frontal só se acalmam enquanto experimen- tamos a natureza, fazendo com que nosso poder de concentração e foco aumentem”, explica a arquiteta Camila Webster. Ainda segundo ela, em ambientes de trabalho, a presença de plantas e outros elementos naturais estimula o aumento de produtividade, a criatividade e diminui o estresse dos funcionários. “Sendo assim, percebemos que o espaço em que vivemos influencia muito, além da nossa saúde, o nosso desempenho em tarefas”, continua a arquiteta. E, depois de quase dois anos de isolamento so- cial (consequência da pandemia do Covid-19), as pessoas passaram a se conscientizar mais sobre a influência dos ambientes em seus estados de espí- rito. Nesse contexto, o design biofílico começou a ganhar cada vez mais espaço no mundo da arqui- tetura. “Esse estilo de design pode ser aplicado de diversas formas. Como por exemplo, é possível tra- zer pontos de luz natural para sincronizar o ritmo circadiano e garantir a entrada de ar puro através de janelas manejáveis”, explica Camila. “Esses pon- tos de luz ajudam a aumentar a concentração, a criatividade e o bem-estar”, continua a arquiteta. “Outra opção de aplicação do design biofílico é através do resgate de plantas nativas da região onde a casa está construída”, recomenda a espe- cialista. Camila também destaca que há diversas possibilidades de trazer a natureza para dentro de uma casa e de reaproveitar elementos natu- rais. “Podemos usar a permeabilidade do solo captando água da chuva, também podemos trazer para os projetos elementos naturais como madei- ra e pedra”, continua a arquiteta. Já quando o assunto é a aplicação do design bio- fílico na decoração de um espaço, Camila acon- selha o uso de formas e silhuetas botânicas, além de espaços que estimulem a visão, a audição, o olfato, o tato e o paladar de maneira natural. “Por exemplo, uma horta estimula o paladar, a natu- reza estimula a visão e o jardim pode estimular tanto o tato como a audição”, enfatiza a arquiteta. “Em relação aos móveis de um espaço baseado no design biofílico, eu recomendo a escolha de itens feitos com madeira, pedras, mármores, ou que tenham texturas que remetam a elementos da natureza”, destaca Camila, acrescentando que PSICÓLOGO E FILÓSOFO ERICH FROMM, CRIADOR DO TERMO BIOFILIA PROJETODE DESIGN BIOFÍLICODA H. ORTIS ARQUITETURA CRÉDITOS: LUIZ FRANCO ARQUITETA CAMILA WEBSTER ODESIGNBIOFÍLICOPROMOVE UMARECONEXÃODAS PESSOAS COMANATUREZAMESMOQUE ELASVIVAMEMGRANDESCAPITAIS

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