Móveis de Valor - Edição 231
34 moveisdevalor.com.br Na América Latina 58% dos consumidores estão pesquisando mais antes de comprar. No Brasil o percentual sobe para 64%. Esses dados constam da 4ª edição da pesquisa "Consumidor do Ama- nhã", realizada pela Mosaiclab em 14 países do continente latino-americano, com 3.735 casos, em setembro de 2023. Os resultados mostram que esse tipo de comportamento está presente em todas as classes sociais, demonstrando que essa é uma preocupação generalizada. O estudo revela que os consumidores estão mais preocupados com a relação custo-benefício nas compras e dando preferência a locais de compra mais econômicos. "O futuro do varejo será mar- cado por uma experiência do cliente aprimorada, onde as lojas físicas buscarão criar interações únicas e personalizadas com o auxílio de tecno- logias como realidade aumentada e virtual. A omnicanalidade (tecnologias que sincronizavam dados e processos em todos os canais de venda) continuará a se expandir, tornando a integração entre lojas físicas e comércio eletrônico mais flui- da do que nunca”, avalia Marcos Gouvêa, CEO da GouvêaEcosystem. A pesquisa também revela que o consumidor mais atento, que utiliza o smartphone como ponto de partida para pesquisa e, muitas vezes, para concluir a compra, pode ser denominado "Smart Consumer". Segundo o levantamento, esse comportamento está bastante disseminado em diversos países, faixas etárias e classes sociais, e sua expectativa futura é que o varejo seja uma extensão do seu braço, simbolizado pelo celular. De acordo com o trabalho, no Brasil o formato de varejo com maior atratividade para o consu- mo futuro é o online, com 65% considerando que esse canal de compra estará mais presente em suas próximas compras. Entretanto, vale destacar que o canal que apresenta o maior cres- cimento é o Atacarejo, que passou de 37% de preferência futura em 2022 para 40% em 2023. O comércio de proximidade é relevante para 36% dos brasileiros. Segundo o levantamento, os formatos mais modernos, como lojas autônomas, têm atra- tividade para 19% dos latino-americanos e 16% dos brasileiros. Entre os brasileiros com perfil de pessoas que tendem a experimentar novidades antecipadamente, esse percentual cresce de 16% para 23%, mostrando potencial de crescimento futuro. CONSUMIDORES INTELIGENTES Várias tecnologias passaram a ser questionadas, não apenas por não atenderem algumas deman- das, mas por estarem distantes da maioria da população. O consumidor brasileiro tinha fortes expectativas que foram se transformando em frustrações. Entre as atratividades tecnológicas relatadas no ano passado e mencionadas agora, a que mais sofreu queda foi o uso de etiquetas escaneáveis e QR Codes, que passou de 48% em 2022 para 30% neste ano. Em segundo lugar, aparece a Vitrine Virtual Interativa, que registrou queda de 41% no ano passado para 29% agora. Outra tecnologia mencionada é o atendimento personalizado via inteligência artificial, que diminuiu de 41% para 29%. "Essas tecnologias em si têm um potencial enorme, mas a percepção geral é que a maioria das aplicações não é interessante ", explica Karen Cavalcanti, fundadora da Mosaiclab. O aumento nos gastos com o custo de vida im- pacta no potencial de consumo. É uma preocu- pação para 40% dos latino-americanos. Menos da metade das pessoas acredita que seus rendi- mentos aumentaram no último ano, mas muitos dos latino-americanos (77%) acreditam que o rendimento familiar irá melhorar nos próximos 5 a 10 anos. Os brasileiros são mais otimistas: 82% acreditam que seu rendimento irá aumen- tar. Os mais céticos são argentinos e chilenos, ambos com 63%. Maioria dos brasileiros pesquisa mais antes de comprar
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