Móveis de Valor - Edição 232

17 moveisdevalor.com.br Todo bom marketing começa com a diferenciação e a capacidade de contar sua história. Se você não consegue contar suas histórias, a diferenciação não importa. Parte disso são mensagens e parte são mídias. Não basta ter ótimos produtos. Seu marketing deve falar uma linguagem verbal e visualmente sofisticada que se conecte emocional- mente com os clientes e comunique as razões por que seus produtos são diferentes e melhores. A demanda por móveis é baseada na necessidade, função e moda. O desejo inevitável dos humanos de se expressarem se manifesta também em seus mó- veis. Por isso precisamos estar na moda. O status é tão importante quanto a função. Os móveis são uma expressão de si mesmo e da identidade das pessoas, tanto quanto as roupas ou os automóveis. Mas (e sempre tem um mas na história!), a indús- tria de móveis – salvo raras e honrosas exceções – não se utiliza de informações estratégicas, ou seja, de inteligência comercial. E, sem saber qual o tamanho do mercado, também não investe em ge- ração de demanda. Logo, a expansão do mercado é orgânica e fica longe da necessidade das indús- trias, considerando a capacidade de produção de móveis instalada. No consumo das famílias há 20 anos, 2% era para comprar móveis, agora é apenas 1,5%. Perdemos 25%de participação. Desde 2002, com dados secundários confiáveis, projetamos anualmente o potencial de consumo de móveis no País, por município, classe social, seg- mentos etc. Trata-se de um Raio-X do potencial de compra de móveis das famílias, mas pouco mais de uma dezena de indústrias se utilizam desta ferra- menta para projetar suas metas. Uma olhada no desempenho do varejo de móveis nos últimos 20 anos nos dá uma visão ampla da evolução do mercado. E analisar o mercado com esta amplitude é determinante para que os empre- sários tomem decisões de investimentos, projetan- do o futuro. Não dá para investir apenas porque houve um soluço no mercado, como aconteceu na sequência da pandemia. Só como exemplo, o volume de venda de móveis en- tre 2013 e 2022 recuou quase 25%, segundo o IBGE.

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