Móveis de Valor - Edição 233

63 moveisdevalor.com.br e fábricas). Essa taxa está baixa. No terceiro trimestre de 2023 foi de 16,6%, inferior à do mesmo período de 2022 (18,3%). O ideal seria 25% - ou até mais. Outra razão relevante é que desde a estagnação econômica iniciada nos anos 1980, a taxa de investimento do setor público sobre o PIB caiu de 10,5% para 2,5% hoje. Agora, considere isso tudo em um mundo que ficou mais perigoso nesta terceira década do século 21. APOSTAS NA MESA Afinal, qual será o nível de turbulência econômica esperado para 2024? A Móveis de Valor convidou dirigentes dos principais polos moveleiros do país para que apontassem fatores com potencial de alavancar ou mesmo retrair a venda de móveis. No Espírito Santo predomina a diversidade de opiniões. Vitor Guidini, Presidente do Sindmol informa que a incerteza é derivada da instabilidade na condução da política econômica e tributária. “Alguns empresários acreditam que a turbulência permanecerá inalterada, outros preveem aumento, por ser ano eleitoral, incertezas em relação à reforma tributária e fatores externos, como conf litos internacionais”, explica. “A perspectiva geral é de um cenário econômico desafiador e imprevisível nesse ano”, acrescenta. Guidini adiciona ainda o aumento do déficit público, alterações nas alíquotas e taxas, aumento dos custos de produção, bem como mudanças na legislação tributária como elementos negativos preocupantes para a atividade. “Há ainda a apreensão em relação à incerteza decorrente das leis complementares da reforma tributária e a persistência de políticas desenvolvimentistas que geram preocupações semelhantes às experiências anteriores. Esses fatores combinados são desafios significativos para o polo moveleiro no cenário econômico”, assinala. VITOR GUIDINI, PRESIDENTE DO SINDMOL

RkJQdWJsaXNoZXIy MzE5MzYz