Móveis de Valor - Edição 234

14 moveisdevalor.com.br 3. Divergência entre necessi- dade de toque humano e o cres- cimento da IA Duas tendências aparentemente opostas estão afetando o setor criativo: enquanto novas lideranças e iniciativas estão finalmente estabe- lecendo a diversi- dade que há muito faltava à indústria, a inteligência arti- ficial (IA) começou a apagar a contri- buição humana do processo de de- sign. “Embora os empregos pareçam estar em risco, visto que 37% do trabalho de ar- quitetura e enge- nharia poderia ser automatizado pela IA, projetos visionários como o Tilly Talbot (pri- meiro designer de IA do mun- do) demonstra como a tecnologia pode atuar como um colaborador criativo e não uma substituição do trabalho humano”, explica Escrivano, acrescentando que é preciso priori- zar a natureza e o design centrado no ser humano, ajudando seus criadores a tomar decisões mais informadas. Considerando esses fatores, o cientista acredita que em 2024 o mercado de móveis e decoração no Brasil irá entrar em uma fase de crescimento e inovação, impulsionado por essas tendências que irão dominar o setor. “As indústrias moveleiras vão precisar priorizar cada vez mais a inovação, com a escolha de novas máquinas, materiais e tecnologias de produção”, destaca Escrivano. “Isso levará a um aumento na eficiência da fabricação e na criação de móveis personalizados sob medida, atendendo às demandas dos clientes mais exigentes”, continua o cientista, acrescentando que esse processo também irá potencializar a ascensão de móveis com recursos tecnológicos integrados, especialmente os controlados por aplicativos. “Além disso, após as mudanças trazidas pela pandemia o mercado de arquitetura e design continua em constante transformação fazendo com que a busca por estilos modernistas contemporâneos que resistam ao tempo, funcionalidade e praticidade nos projetos sejam tendências cada vez mais notáveis nesses setores. “Os consumidores estão interessados em projetos que tornem os espaços mais úteis e funcionais, com destaque para a mescla de materiais nos móveis planejados, como MDF combinado com alumínio, metais e tecidos”, enfatiza o cientista. Já quando o assunto é tendência de cores para 2024 Escrivano aposta em uma variedade de tons de madeira, beges, verde militar e musgo, além dos tons terrosos que ref letem a Biofilia radical, ou seja, o amor pela vida e consequentemente pelos elementos e cores naturais. “Com base nessas tendências, é possível que os brasileiros possam se inclinar a gastar mais em móveis e decoração em 2024 em comparação com 2023, especialmente se considerarmos a recuperação econômica e o aumento do poder de compra”, observa Escrivano. “A demanda por mobiliário funcional, tecnologicamente integrado e esteticamente atraente pode estimular o consumo neste segmento”, profetiza o head da Spark:Off. TONS DE MADEIRA, BEGES, VERDE MILITAR E MUSGO, ALÉM DOS TONS TERROSOS ESTARÃO EM ALTA ESTE ANO

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