Móveis de Valor - Edição 234

46 moveisdevalor.com.br Lei sobre igualdade salarial quer corrigir falhas do passado M ulheres são particularmente maioria em profissões como enfermagem, educação no ensino fundamental, assistência social e psicologia, ao passo que homens predomi- nam em atividades como motoristas de ônibus e caminhões, eletricistas, pedreiros e carpintei- ros. Quando acontece de exercerem as mesmas funções, contudo, a desigualdade salarial emerge e geralmente tende a favorecer um dos lados – es- tranhamente – a despeito de a equiparação entre gêneros estar presente no artigo 461 da CLT, desde que ela foi criada, em 1º de maio de 1943, por Getúlio Vargas. Estatísticas mostram que elas continuam em des- vantagem. O Hay Group, empresa de consultoria organizacional, com sede em Los Angeles, mos- trou que mulheres pontuam melhor que homens em 11 habilidades socioemocionais-chave, como profissionalismo, colaboração, comunicação e pensamento crítico. Mas apesar dos muitos avan- ços ainda precisam provar constantemente seu valor para conseguirem as mesmas oportunida- des que seus colegas homens. O estudo Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil, publicado no dia 8 de março pelo IBGE, apontou que elas ganham 21,1% a menos que eles. Ainda em 2022, mulheres ocupavam 39,3% dos cargos gerenciais, ganhando 78,8% da renda dos homens. Há relatos que elas recebem até 26% a menos que os homens, em média, em empresas estatais e na administração direta. Ano passado, a busca pela equiparação motivou a abertura de 36.889 processos ajuizados na Justiça do Trabalho em todo país – são quase 150 ações por dia, considerando apenas os dias úteis do ano. GESTÃO OBJETIVOÉ ISONOMIASALARIAL ENTREHOMENS EMULHERES E ESTABELECERCRITÉRIOS REMUNERATÓRIOS PARAQUEMEXERCE TRABALHODE IGUAL VALOROUNAMESMA FUNÇÃO ESPECIALISTASACREDITAMQUEANOVA LEI PODECAUSAR INSEGURANÇA JURÍDICAENA POSSIBILIDADE FUTURADE REDUÇÃODECONTRATAÇÃODEMÃODEOBRA FEMININA OAPLICATIVOCARTEIRADE TRABALHODIGITAL FOI DEFINIDOCOMOOPRINCIPAL CANALDE DENÚNCIACONTRAADISCRIMINAÇÃOSALARIAL EDECRITÉRIOSREMUNERATÓRIOS Por Guilherme Arruda, jornalista convidado IMAGEM CRIADA POR IA - FREEPIK