Móveis de Valor - Edição 235

59 moveisdevalor.com.br comprometimento com a sustentabilidade e a responsabilidade social. Segundo um levantamen- to global realizado pela KPMG em 2023: 69% pagariammais por produtos que estejam de acordo com os princípios ESG. 86% dos consu- midores concordam que deve haver um compro- misso coletivo para reduzir, reutilizar e reciclar o máximo possível de resíduos. Diante do aumento da pressão dos stakeholders (consumidores, colaboradores, fornecedores e instituições financeiras), penso que o cenário ideal é integrar a agenda ESG na estratégia do negócio a nível tático e operacional, e assim, consequen- temente criar uma cultura, envolvendo todas as pessoas que vivenciam a missão da empresa e agem em alinhamento com os princípios ESG. A integração da agenda ESG na estratégia do negócio garante que a sustentabilidade seja con- siderada em todas as decisões da empresa, desde o planejamento até a execução, demonstrando compromisso genuíno com a sustentabilidade e não apenas uma ação superficial para atender às pressões do mercado. A participação em grupos de trabalho e treinamen- tos sobre ODS e Pacto Global pode ser uma opor- tunidade valiosa para organizações e indivíduos se aprofundarem no tema da sustentabilidade, forta- lecerem suas habilidades e posicionarem a empresa na vanguarda desse movimento. Juntos, em cooperação e colaboração, podemos fazer a diferença na construção de um futuro mais humanizado, próspero e sustentável. Para você, leitor da Móveis de Valor, temos um curso que vai te ajudar a iniciar a jorna- da do ESG. Acesse o QR code e se inscreva no Trilha ESG – Um caminho sem volta. Por que integrar ao negócio a agenda ESG? A s empresas não conseguem prosperar em sociedades que fracassam no aspecto social e sem os recursos naturais do planeta, o que torna crescente o movimento global em torno da temática ESG (Environmental, Social and Governance), que está relacionado à mitigação de riscos ambientais, sociais e de governança, para manter a perenidade do negócio. Entre os exemplos de riscos ESG que podem ameaçar o negócio estão as mudanças climáticas, com eventos extremos que podem causar danos às instalações da empresa e interromper suas opera- ções; escassez de recursos, como água e energia, de forma a aumentar os custos da empresa e prejudi- car sua produtividade; poluição do meio ambiente, gerando multas e sanções para a empresa; falta de diversidade e inclusão no ambiente de trabalho, que pode levar à perda de talentos; práticas cor- ruptas que podem gerar multas e sanções para a empresa. Estes são fatores que podem comprome- ter a boa reputação da empresa. Mas, para mitigar esses riscos, as empresas podem tomar medidas, como criar um sistema de ges- tão de riscos ESG, que deve identificar, avaliar e monitorar os riscos ESG da empresa; desenvolver políticas e procedimentos para prevenir e mitigar os riscos ESG, que devem ser claros, objetivos e eficazes; treinar os colaboradores, já que é impor- tante que todos estejam cientes dos riscos ESG e saibam como lidar com eles; comunicar-se com os stakeholders, uma vez que a empresa deve manter seus parceiros informados sobre seus riscos e suas medidas para minimizá-los; implementar a políti- ca ESG e elaborar o relatório de sustentabilidade para comunicar suas boa práticas. Estamos acompanhando um significativo aumento de regulamentações e resoluções a partir do Banco Mundial e do Banco Central relacionadas à agenda ESG. Percebemos a temática sendo incorporada de forma estruturada no mercado. Além disso, os consumidores estão cada vez mais avaliando as empresas com base em critérios ESG, escolhendo comprar daquelas que demonstram ARTIGO Por Débora Irie DÉBORA REGINA IRIE, PARTNER GPTW ECOSSISTEMA GREAT PEOPLE ESG

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