Móveis de Valor - Edição 236

18 moveisdevalor.com.br do plástico, das viagens à Lua. Os anos 70 fala- vam exatamente o contrário: tudo tinha que ser natural. Aí entra o mármore, granito, cerâmica. As cores terrosas, terracota, mostarda, ocre, ama- relo queimado, o vinho puxado para uma terra escura, tons de bege amarronzado. São cartelas de cores que você vê na natureza”, aponta. Outro detalhe que chamou a atenção foi a utili- zação de muito material feito à base de algodão e de celulose biodegradável. “Vi muito aprovei- tamento de materiais. Muitas peças com restos de materiais – como tampos com vidro rústicos”, enumera, lembrando ter visto ainda produtos apreciados pela classe A, como peças com vidro reciclado, com manchas, coisas dos anos 70. “Vi um tampo de uma mesa acessória com vidro imi- tando o movimento da água. Pegou o conceito da natureza usando vidro”, conclui. CORES DA NATUREZA E LINHAS ORGÂNICAS É fato que, com o tema sustentabilidade cada vez mais forte no mercado, os móveis passaram a refletir isso para além dos materiais com os quais são confeccionados. Eles também têm sido desen- volvidos em cores e formas que remetem a ele- mentos naturais de forma a estimular ainda mais a conexão das pessoas com a natureza. “É notável a forte presença das linhas orgânicas nas mesas, sofás, espelhos, paredes e detalhes, que já vinham sendo tendência e tiveram uma reafirmação com esta edição da feira”, comenta Cristiane Duran- te, gerente de marketing da Artely, que também visitou o Salão de Milão. “Também observei muito no evento as cores da natureza presentes nos móveis, indo desde o azul, verde e mostarda, mas com destaque para o terracota, que apresentava variações desde tons mais vibrantes até mais fechados, trazendo calor e aconchego”, acrescenta Cristiane. “Já com relação aos amadeirados, notei o destaque dos mais claros, e uma grande presença de madeiras marcantes e de forte personalidade como o pau-ferro, além da surpreendente presença de um tom amadeirado bem escuro e levemente acinzentado”, continua. Outro destaque que chamou a atenção de Cris- tiane em Milão foi a forte presença de vidros nos móveis. “Eles estavam presentes tanto em deta- lhes que traziam leveza e sutileza às peças, quan- Mesa com tampo de mármore acinzentado e cadeiras robustas, pesadas, revestidas de tecido, pés com detalhes arredondados. Cadeiras robustas com encostos em forma de shell, que continua forte, e na cor ocre super terrosa. O tampo da mesa é arredondado de mármore com pés de metal roliços, cilíndricos de metal Jayme Bernardo estreia em Milão com o sofá modular Dolce far Niente e a mesa de centro Estela, para a Modale Créditos da Foto: Revista Haus

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