Móveis de Valor - Edição 236

6 moveisdevalor.com.br Por Ari Bruno Lorandi, CEO do Intelligence Group CONSUMO DE MÓVEIS NA ÍNDIA CRESCE, MAS COMPRAS DO BRASIL DESPENCAM Segundo o CSIL Milano, grupo de pesquisa de âmbito global, o mercado indiano de móveis atinge hoje US$ 20 bilhões e cresceu a uma taxa média anual de 6% nos últimos dez anos. Esta tendência de crescimento faz da Índia o 4º maior mercado moveleiro do mundo, subindo da 10ª posição ocupada há dez anos. Na Ásia e no Pacífico, a Índia é o segundo maior mercado de mobiliário depois da China, e um dos mercados com crescimento mais rápido, impul- sionado pela crescente urbanização, expansão da classe média, apoio governamental e moderniza- ção do varejo de móveis. Embora as importações satisfaçammenos de 10% do mercado de mobiliário indiano, elas cresceram rapidamente nos últimos anos e o potencial para importações de mobiliário é particularmente elevado. Mas as exportações do Brasil para a Índia caíram 79% entre 2018 e 2023. PRESIDENTE DO INMETRO É ALVO DE DENÚNCIAS O colunista do O Globo, Lauro Jardim, infor- mou que já está no Tribunal de Contas da União e à Controladoria Geral da União um relatório que denuncia supostas irregularidades pratica- das por Marcio Brito à frente do Inmetro. O documento afirma que ele reproduz no órgão federal o modus operandi que adotava no Instituto de Pesos e Medidas – Ipem – do Amazonas, o qual presidiu por 12 anos. Sua gestão chegou a ser alvo de auditorias que apontaram indícios de mau uso de recursos públicos. O Inmetro nega qualquer irregularidade e afirma que a atual gestão desenvolve o seu tra- balho “com empenho de esforços, transparência e comprometimento”. APLAUSOS A ATITUDE DA ABICOL E DE SEUS ASSOCIADOS Enquanto uns explicam outros agem, por isso aplaudimos a iniciativa da Associação Brasi- leira da Indústria de Colchões (Abicol) que já disponibilizou, através de seus associados, mais de 120 mil colchões às vítimas do Rio Grande do Sul, em menos de 30 dias. Como gaúcho agradeço em nome dos meus conterrâneos. PAINELEIROS EXPLICAM, MAS NÃO JUSTIFICAM Mais do que qualquer outro fornecedor da in- dústria de móveis, as indústrias de painéis, por sua estrutura, têm responsabilidade na mitigação social de tragédias. Mas ao serem instadas a fazer doações de painéis para produção de móveis que seriam entregues às vítimas das enchentes no RS, o que se recebe são desculpas como esta: "Temos acompanhado as notícias do Rio Grande do Sul com grande pesar. Neste momento de dificuldade, nossos pensamentos e solidariedade estão com todos os afetados pelas inundações. Como uma empresa de grande porte, temos o compromisso de contribuir com causas sociais e em emergências. No entanto, devido à nossa estrutura corporativa, focamos nossas doações em um único canal espe- cífico, o que está sendo feito neste momento (...)." Focamos nossas doações em um único canal espe- cífico? Qual este canal que não pode ser revelado? Enquanto isso surgem rumores (vão dizer que publicamos Fake News) de que pode faltar painéis de madeira, tendo em vista a demanda por conta da necessidade de mais móveis para substituir aqueles que as enchentes levaram...

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