Móveis de Valor - Edição 236

77 moveisdevalor.com.br samos fazer as captações. Estes recursos são fun- damentais para dar continuidade”, almeja o CEO. A previsão é que as definições para viabilização do empreendimento aconteçam em um prazo de 90 a 120 dias. Encerrada essa fase, serão necessários mais 18 meses para colocar a unidade em atividade. De acordo com Boscardim, as projeções indicam que esse novo negócio poderá, mais à frente, con- tribuir com incremento ao redor de R$ 80 milhões nas receitas totais do grupo, considerando a utili- zação de um turno de trabalho. “Hoje temos mais de 600 funcionários em Colatina e 1,1 mil no total. A nova planta vai gerar 60 novos postos de traba- lho diretos, sem contar os indiretos, a parte comer- cial e de representação”, diz o CEO, lembrando que ela nascerá com um elevado grau de automação. A leitura que Boscardim faz do cenário eco- nômico interno está baseada na perspectiva de que, com a queda da taxa de juros, haja um movimento positivo no segmento da construção civil. De acordo com ele, o pipeline de projetos (organizar ideias, filtrá-las e identificar quais podem evoluir) para os próximos 24 meses é de um movimento expressivo e significativo. “Estamos olhando um pouco a frente para ver o que pode acontecer nos móveis seriados”, mira. Ele explica: “Vejo duas vertentes quando analiso móveis. O seriado, que atende a exportação, em especial, mercados da América Latina, como o mexicano, que vem crescendo através de grandes redes. E quando penso na construção civil vejo o mercado de alto padrão em fase de crescimento para mó- veis planejados. Embora sejam distintos, na nossa estratégia, ambos são promissores. Tanto que temos esse investimento no seriado e estamos in- vestindo também nos móveis planejados”, revela. Especificamente sobre móveis planejados, o CEO informa que já foram investidos R$ 40 milhões nos últimos 18 meses e há mais R$ 30 milhões que vão iniciar em breve. “Estamos consolidando as fase 1 e 2 e depois vem a fase 3. São melhorias para a nossa rede de franquias.”, descreve o executivo, se referindo a marca Evviva. A previsão é a abertura de mais dez lojas até o final desse ano e o reposicionamento de outros 13 pontos. O faturamento da área de móveis - seriados, planejados e expor- tações - gira ao redor de R$ 260 milhões, embora seja capaz de alcançar R$ 350 milhões. A partir da entrada da fábrica nova será possível chegar até R$ 430 milhões. Ano passado, o faturamento consolidado do grupo foi de R$ 700 milhões. A previsão é crescer 14,7% nesse ano, avançando para R$ 800 milhões. O segmento móveis, particularmen- te, deverá crescer 32%, estima Boscardim. Pelos seus cálculos, as receitas totais do grupo no final de 2026 tem potencial para chegar ao número mágico de R$ 1,1 bilhão. “Os investimentos que estamos fazendo são para posicionar a Bertolini e dar condi- ções para que o projeto desejado pelo consumi- dor possa ser executado com a criatividade do nosso arquiteto e trans- formado em realidade em qualquer tipo de linha”, reforça o CEO, que acrescenta: “É conectar o consumidor com as novas tendên- cias e transformar essa empresa naquilo que é a realidade do arquite- to: trabalhar a indivi- dualidade do projeto”. Em tempo: o ano de 2024 marca o 55º ani- versário do grupo. CEO do Grupo Bertolini, Evandro Boscardim Unidade fabril da Bertolini, em Bento Gonçalves, local da fundação do Grupo

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