Móveis de Valor - Edição 238
54 moveisdevalor.com.br Móveis made in China tomam conta no País A participação da China nas importações totais de móveis situou-se no mais alto patamar entre todos os países com os quais o Brasil costuma fazer negócios em uma série que compreende o período de duas décadas encerradas em 2023. Entre 2019 e 2023 ficou em 42%. Em 2021, atingiu o pico, 48%. E entre janeiro-junho de 2024, ficou em 44,5%. Sinal de que se trata de um negócio altamente atrativo para ambos os lados. Entre 2003 e 2007, a média anual foi de 5%. Em números absolutos, no acumulado de duas décadas o Brasil importou quase US$ 4 bilhões de móveis da China, algo próximo de R$ 20 bilhões, e exportou US$ 40 milhões, cerca de R$ 200 milhões. O déficit é descomunal. Vale lembrar que nos anos iniciais da série histórica, a média anual girava ao redor de US$ 11 milhões. Nos anos mais recentes, os volumes alcançaram a média de US$ 298 milhões anuais. Em junho, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, participou do Seminário Empresarial Brasil- China, em Pequim. O tema: os próximos 50 anos. Vale lembrar que 2024 marca o 50º aniversário das relações entre os países. Os dois parceiros foram enfáticos sobre a importância da parceria estratégica e descreveram oportunidades de negócios para desenvolverem nos próximos anos. No caso dos móveis, a dúvida é saber se existe um fim para conter a escalada chinesa. O país asiático projeta crescimento de 5% do PIB nesse ano, alicerçado pelo consumo Por Guilherme Arruda, jornalista convidado NO INTERVALO DE DUAS DÉCADAS, PARTICIPAÇÃO DO PAÍS ASIÁTICO NAS IMPORTAÇÕES TOTAIS DO BRASIL PASSOU DE UMA MÉDIA ANUAL DE 5% PARA O PATAMAR ACIMA DE 40% ECONOMIA
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