Móveis de Valor - Edição 240

19 moveisdevalor.com.br também e, aos poucos, o e-commerce B2B está se estabelecendo no país. Rodrigo Bandeira, vice-presidente da ABComm, explica que o que faz as empresas estarem cada vez mais decidindo investir no e-commerce é a possibilidade de ter uma vitrine virtual visível para todo o Brasil, expandindo suas oportunidades de novos negócios. “Sem contar que os produtos ficam disponíveis para aquisição 24h por dia de domingo a domingo”, enfatiza o vice-presidente. “Além disso, outra vantagem das lojas online é que elas podem desfrutar da automatização dos processos de ven- das e, consequentemente, têm seus custos reduzidos em relação a uma loja física”, continua Bandeira. Ainda segundo ele, para se destacar no e-commerce nacional, o primeiro passo que as indústrias devem dar é o desenvolvimento de uma boa estrutura tecnológica para o site commúltiplas integrações entre sistemas. “Isso favorece a compatibilidade, no caso da indústria, com a tecnologia utilizada por seus clientes e parceiros”, observa o vice-presidente. “Também é preciso pensar em uma logística que dê suporte de distribuição rápida nacionalmente e montar um grupo de ações de marketing digital voltados para construção de marca e divulgação da empresa e dos produtos”, acrescenta Bandeira. E para quem deseja se arriscar no e-commerce B2B é importante enfatizar que, além das vantagens, há tambémmuitos desafios que precisam ser enfren- tados. Para começar, ao ingressar no mercado digital as empresas passam a concorrer não só com indústrias de todo o país mas também com grandes nomes internacionais. No entanto, a vantagem vai para quem atua aqui, isso porque a logística, o câm- bio e os trâmites alfandegários costumam ser um fator decisivo para que elas sejam escolhidas pelos consumidores brasileiros. “Também é preciso pensar emmeios de pagamento que suportem online, especialmente nas negocia- ções B2B, para evitar lentidão na consolidação das transações, o que pode levar a desistências”, destaca Bandeira. “Outro ponto de atenção é a adminis- tração do conflito entre os canais de distribuição e o varejo, isso porque é preciso pensar emmanter a cadeia sem prejudicá-los”, continua o vice-presi- dente, acrescentando que encontrar transportado- ras adequadas ao transporte entre a indústria e o Rodrigo Bandeira, vice- presidente da ABComm Para embarcar no e-commerce B2B é preciso pensar em uma logística que dê suporte de distribuição rápida nacionalmente cliente final é essencial nesse processo. AJORNADADATEXLIVING Um exemplo de indús- tria que embarcou no e-commerce recente- mente e obteve suces- so nessa jornada é a importadora têxtil de tecidos planos e ma- lha, Texliving. Mar- celo Canali, gerente nacional de operações comerciais da empresa, conta que a decisão de começar a vender no mercado digital se deu na pandemia, quan- do os consumidores passaram a comprar majoritariamente pela internet. “O comporta- mento dos clientes vem mudando e isso nos fez entender que preci- sávamos atuar mais fortemente no mundo digital”, enfatiza Canali. De acordo com o gerente, o e-commerce ainda não substitui a força de vendas físicas da Texliving, mas aju- da muito na tomada de

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