Móveis de Valor - Edição 240
34 moveisdevalor.com.br BNDES já movimentou grandes operações de inovação para as empresas, o que não era visto nos últimos 8 anos”, afirma. A especialista lembra que os principais órgãos de fomento já apresentaram números bem expressivos de liberação de crédito. Em 2024, a FINEP atingiu a marca de R$12,6 Bi em orça- mento, um aumento de 28% quando comparado aos R$9,8 Bi de 2023. Mais de R$2,47 Bi em recursos foram aprovados em 2024 para con- templar os seis eixos do novo programa federal: Cadeias agroindustriais, Saúde, Infra-mobilida- de, Transformação digital, Transição energética; Defesa. Já no BNDES o total de liberações já atingiram o patamar de R$ 23,3 Bi, aumento de 22% comparado a 2023. A gerente de produtos do FI Group comenta que o financiamento está sendo mais inte- ressante para os investimentos em estrutura fabril, expansões e atualizações do que o re- curso próprio. “Essas questões estratégicas da empresa são pensadas bem antes e, às vezes, é separado um recurso próprio para colocá-las em prática, mas estudos indicam que vale mais a pena usar o fomento e deixar o capital interno rendendo”, diz. Para finalizar, Jackeline deixa algumas dicas aos empresários: • É preciso estar sempre atento aos movimen- tos econômicos do Brasil, prestar atenção na divulgação desses programas de fomento, principalmente, em situações como a que estamos vivendo, com o governo investindo nas indústrias e fazendo propagandas. • Um estudo do uso do capital interno para in- vestimentos sempre deve ser feito quando se planeja alguma mudança ou modernização. • Acesso à informação é essencial para os em- presários que, assim, podem analisar as me- lhores opções de financiamentos e formas de apresentar seus projetos. Isso não é compli- cado, porque estão acontecendo webnários e eventos presenciais promovidos pelos bancos de fomento. Fica o lembrete também de que o programa Mais Inovação vai até 2026. Quais são os programas de fomento do Brasil? A primeira movimentação que tivemos nesse sentido em nosso país foi através da criação do BNDES, em 1952, o qual se destinou a oferecer condições especiais para micro, pequenas e médias empresas mais voltadas à agricultura, indústria, infraestrutura, comércio e serviços. Posteriormente, em 1995, veio, através do Decreto Nº 55.820, a FINEP, a qual se voltou a financiar os estudos e programas necessários à definição dos projetos de modernização e industrialização. Por fim, em 1969, chegou o FNDCT, no âmbi- to do Ministério do Planejamento, com a fina- lidade de dar apoio financeiro aos programas e projetos prioritários de desenvolvimento científico e tecnológico, notadamente para im- plantação do Plano Básico de Desenvolvimen- to Científico e Tecnológico - PBDCT. Cada um desses possui, hoje, suas próprias linhas de crédito, as quais precisam ser devidamente compreendidas de forma que cada empresa identifique qual faz mais sentido perante sua realidade e metas. Na prática, como exemplo disso, as linhas ofertadas pelo FINEP costumam ser mais investidas pelos empreendimentos que desejam investir na inovação em desenvolvimento de novos produtos e processos, pesquisas básicas e aplicadas e programas para startups. Já as do BNDES, por outro lado, estão voltadas para planos de modernização e expansão, aumento da eficiência produtiva, ampliação fabril, sustentabilidade ambiental e crescimento sustentável. Cada uma, com suas próprias taxas, prazos de carência, amortização, e parcela de participação dos bancos nos projetos, que podem sofrer alterações de acordo com novas diretrizes que podem ser aplicadas por essas instituições.
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