Móveis de Valor - Edição 241

11 moveisdevalor.com.br do país, que subiu 88,05% nos últimos 10 anos, o aumento do desemprego, que registrou 8,6 milhões de pessoas sem ocupação em 2024 e, consequentemente, o aumento do endividamen- to da população brasileira, que registrou um índice de 78,5% em 2024, o maior número desde novembro de 2022. Soma-se a esse cenário o aumento do custo de criar um filho no Brasil, que pode variar entre R$ 239 mil e R$ 3,6 milhões, considerando as necessidades da criança desde o nascimento até os 18 anos. Estima-se que só nos dois primeiros anos de vida um bebê chega a custar 23 mil reais. E isso faz com que muitas famílias passem a optar por economizar em móveis caros ou sofis- ticados, priorizando outros aspectos do cuidado infantil como saúde, educação ou atividades extracurriculares. Especialmente porque móveis infantis são considerados caros e de uso limitado, já que as crianças crescem rapidamente e preci- sam de adaptações no ambiente. Além disso, a cultura dos pais brasileiros também tem se transformado e a criação dos filhos tem se tornado mais flexível em relação às gerações an- teriores. Antigamente, havia uma maior expecta- tiva de que o bebê ficasse a maior parte do tempo no quarto dele, então criar um espaço específico era importante. Hoje, muitas famílias praticam o co-sleeping (bebê dormindo no quarto dos pais), o que reduz a necessidade de um quarto infantil sofisticado nos primeiros meses ou até nos pri- meiros anos de vida. Essa mudança comportamental também se refle- te em um maternal com novos focos que têm sido considerados mais relevantes para o bem-estar do bebê, como alimentação saudável, desenvol- vimento emocional, estimulação cognitiva ou segurança. E isso faz com que decoração e móveis passem a ter um papel secundário. MENOS É MAIS NOS MÓVEIS INFANTIS Com as famílias focando mais em necessidades básicas e funcionais, ao invés de priorizarem o investimento em móveis feitos ou decoração excessiva, os consumidores de itens infantis tornaram-se mais críticos, exigentes e passaram a prezar mais por qualidade e bom atendimen- to. Eles também têm buscado cada vez mais Móveis e decoração deixaram de ser uma prioridade para os pais Menos se tornou mais nos móveis infantis produtos versáteis e funcionais, que sejam práticos e minimalis- tas. A ideia de “menos é mais” se reflete em quartos de bebês mais simples, com menos móveis e objetos. Nesse contexto é ob- servada uma crescen- te busca por espaços multiusos, como por exemplo, juntar o quarto do bebê com um espaço de home office, trazendo mais praticidade para o dia a dia. Ou combinar o quarto com uma área dedicada às ativi- dades de estímulo e brincadeiras. Em um espaço multiuso também é comum

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