Móveis de Valor - Edição 241
90 moveisdevalor.com.br quase 100% emocional e que as empresas precisam pensar na originalidade para se destacarem. Sérgio Matos lembra da importância da brasilidade para que as peças nacionais se destaquem interna- cionalmente. “Quando comecei a estudar era difícil encontrar simbolismo no que estava sendo feito no Brasil, ver móveis com brasilidade. Nós aprendía- mos muito sobre os desenhos italianos e escandi- navos, mas isso se torna mais do mesmo. Comecei a levar para fora os móveis que fazia com base nos conceitos regionais, comecei a procurar pequenos produtores e usar o artesanato emmeus móveis, foi assim que me destaquei”, conta. “O Prêmio celebra esse pensamento inovador, incentivando a criação de uma nova geração de produtos e reforçando a importância do design na construção de um ‘viver’ mais conectado às necessi- dades contemporâneas”, destaca Cândida Cervieri, diretora-executiva da Abimóvel, lembrando que os seis primeiros colocados terão seu mobiliário ex- posto no iSaloni, emMilão, e na ICFF Nova York. No dia 06 de março de 2025 acontece a seleção das ideias que serão usadas para a criação de protótipos e a premiação acontece na próxima edição do Congresso Nacional Moveleiro, no mês de setembro do próximo ano. Acesse o QR Code para conhecer as categorias da premiação e realizar a inscrição. Prêmio Design da Movelaria vai promover móvel brasileiro lá fora L ançado oficialmente no 11º Congresso Nacional Moveleiro, o Prêmio Design da Movelaria Nacional surge com o objetivo de aumentar a visibilidade do móvel brasileiro internacionalmente. As inscrições estão abertas e seguem até 11 de fevereiro de 2025. A pre- miação conta com seis categorias, é organizada pela Abimóvel e tem parceria com a ApexBrasil, Sebrae e FIEP. A proposta do Prêmio é reconhecer o talento, originalidade, gestão sustentável e potencial inovador dos profissionais e marcas de todos os portes e regiões do país. O tema dessa primeira edição é a Ergonomia Sensorial. “Esse é um chama- do mercadológico, um tema que pesquiso há muitos anos. Trata-se de uma métrica que humaniza o processo de uma forma mais profunda, levando em consideração o comportamento humano, o consu- mo, a crise climática, design com valor agregado e o desejo pelo objeto”, explica Katalin Stammer, curadora do prêmio. Katalin participou de um painel durante o Congres- so Nacional Moveleiro, que contou com a participa- ção dos jurados desta edição: Bruno Faucz e Sérgio Matos. Durante o painel, eles abordaram a impor- tância de fazer com que o design saia do lado mais artístico para se transformar em algo mais palpável. “É preciso que as indústrias façam algo que projete a venda. Por isso, estamos valorizando o estudo do corpo humano, da antropologia, do estilo de vida, movimentos sociais etc. O designer tem que pensar em todos esses aspectos, inclusive no tanto de vezes que a pessoa vai precisar montar e desmontar esse móvel, já que atualmente as pessoas estão se mu- dando de casa commais frequência”. Bruno Faucz deixa claro que design não é arte e que os profissionais devem entender da técnica para criar projetos que possam ser produzidos pelas indústrias. “A ideia é que os novos designers apren- dam que eles devem se envolver com os clientes, entender os processos industriais e enxergar o mercado”, frisa. Ele acrescenta que o consumo é Por Natalia Concentino, jornalista
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