ANO 23 • EDIÇÃO 243 • JANEIRO/FEVEREIRO DE 2025 CADA VEZ MAIOR. CADA VEZ MELHOR Futuro do varejo ditado pela NRF Potencial de consumo supera R$ 94 bi em 2025 Informação é a melhor arma contra ciberataque Exportações desaceleram e importações crescem @moveisdevalor
6 moveisdevalor.com.br Por Inalva Corsi, editora C omeçamos 2025 a todo vapor, com a primeira edição da revista chegando mais cedo aos nossos leitores com apresentação de um amplo conteúdo com projeções econômicas para o ano. Na editoria de Mercado, Ari Bruno Lorandi analisa pesquisa do Instituto Impulso, e revela que o Índice do Potencial de Consumo de Mobiliário em 2025 supera R$ 94 bilhões. Atualização da população, reajuste do poder aquisitivo e IPCA de 2024 elevaram o IPCM em 7,9%, com a região Sudeste concentrando o maior número de população e potencial de consumo. O jornalista Guilherme Arruda se debruçou sobre os números da economia e concluiu que 2025 espalha mais dúvidas do que certezas. Lideranças do setor moveleiro estão inquietas sobre como será o comportamento da inflação, das taxas de juros e do câmbio, que afetam o crédito e pressionam os preços das matérias-primas. Ele também analisou o comportamento das exportações e das importações e mostra que a balança comercial ficou quase no empate, com as exportações crescendo apenas 0,2% em relação ao ano anterior enquanto as importações tiveram aumento de 23,7%. A jornalista Natalia Concentino apresenta, na editoria de Tecnologia, uma reportagem sobre cibersegurança, destacando que a informação é a melhor arma para prevenir o problema. Além de mostrar cases de empresas que tiveram seus dados sequestrados, ela ouviu especialistas que alertam para a importância do investimento em cibersegurança e treinamento dos colaboradores para evitar ataques. Na editoria de Tendências, Gabrielly Zem aborda a geração Beta, composta pelos nascidos a partir de 2025 e que devem formar um grupo marcado pela inteligência artificial e pela imersão na tecnologia. Mas destaca que ainda é cedo para dizer se eles vão promover uma revolução ou o caos. Esta edição tem também a estreia da editoria ESG News, a cobertura da NRF com as principais tendências para o varejo, o case da Sonos Colchões, que acaba de implantar uma linha de montagem automatizada com apoio da Overseas Service, e outros conteúdos relevantes para o setor de móveis e colchões. Boa leitura. REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO Rua Dep. Estefano Mikilita, 125 - 3º andar CEP 81070-430 - Portão Curitiba – PR – Brasil CONTATO Fone (41) 99912-9877 www.moveisdevalor.com.br moveisdevalor@moveisdevalor.com.br DIRETORES Ari Bruno Lorandi aribruno@moveisdevalor.com.br Inalva Corsi inalvacorsi@moveisdevalor.com.br ADMINISTRAÇÃO/FINANÇAS financeiro@moveisdevalor.com.br REDAÇÃO Inalva Corsi – 3035 PR Jornalista Responsável inalvacorsi@moveisdevalor.com.br Natalia Concentino – 10431 PR natalia@moveisdevalor.com.br Gabrielly Zem redacao@moveisdevalor.com.br Guilherme Arruda - 5955 RS Jornalista convidado guilherme@moveisdevalor.com.br ASSINATURAS E CIRCULAÇÃO assina@moveisdevalor.com.br DIREÇÃO DE ARTE E DIAGRAMAÇÃO Bruna Rosário arte@moveisdevalor.com.br COMERCIAL – SUL Inalva Corsi - (41) 99912-9877 | 99991-2974 inalvacorsi@moveisdevalor.com.br COMERCIAL – SUDESTE Cidinha Leal - (17) 98114-3666 cidinha@moveisdevalor.com.br CARTA DA EDITORA @moveisdevalor Acesse a versão digital desta edição
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8 moveisdevalor.com.br 74 ENTREVISTA Depois de 9 anos na presidência, Áureo Calçado deixa o Intersind 76 ARTIGO Controles mais rigorosos do Inmetro são sempre bem-vindos SEÇÕES 10 CÁ ENTRE NÓS Sua empresa usa dados confiáveis para alcançar metas? 12 PONTO DE VENDA Apostas desviam R$ 100 bilhões do varejo em 2024 44 CAPA Modernização e investimentos marcam nova fase da Robel, sob nova direção 48 ESG NEWS Este ano será decisivo para a consolidação da política de ESG na empresas brasileiras SUMÁRIO NOSSA CAPA Ilustra capa desta edição cozinha projetada Gold, da Robel Móveis, de São José do Rio Preto (SP) www.robel.com.br (17) 3203-0400 16 MERCADO IPCM em 2025 supera R$ 94 bi, aponta pesquisa do Instituto Impulso 22 ECONOMIA 2025 espalha mais dúvidas do que certezas no cenário econômico 30 MV OBSERVATÓRIO Exportações desaceleram e se aproximam das importações 38 TECNOLOGIA Especialistas mostram qual é a melhor arma contra ciberataques 54 TENDÊNCIAS Geração Beta: o futuro será marcado por revolução ou pelo caos? 64 FEIRAS E EVENTOS Conheça as principais tendências para o varejo apresentadas na NRF 62 ARTIGO Adelino Denk ensina sobre sucessão familiar descomplicada 68 FEIRAS E EVENTOS Movelsul volta a forma original e promete muitas novidades 78 BED REPORT Sonos automatiza planta com apoio da Overseas Service 82 BED REPORT Insights de práticas que vão explodir seu volume de vendas de colchões 90 INDÚSTRIA Incêndios atingem fábricas na Paraíba e no interior de São Paulo 92 MV DECOR Provocar o sentimento de pertencimento é o objetivo da Lando Design
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10 moveisdevalor.com.br TECNOLOGIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL Eu insisto nisso há algum tempo: Embarcar nesta tendência, investir em plataformas digitais, na experiência do cliente e na integração de canais online e offline não é mais uma opção, é uma necessidade. A adaptação a essas novas tecnologias é crucial para se manter no mercado. A indústria moveleira tem potencial para ser mais do que apenas um provedor de móveis; podemos ser criadores de experiências, gerar mais conforto às pessoas. Aqui você sabe mais sobre o tema SUA EMPRESA USA DADOS CONFIÁVEIS PARA ALCANÇAR AS METAS? A gestão baseada em dados é fundamental para inteligência comercial. Ao analisar dados, as empresas podem detectar ilhas de oportunidades. Hoje é necessário basear decisões em dados concretos em vez de intuição. Ao longo dos anos me deparei com empresas de pequeno, médio e grande portes com a gestão comercial baseada exclusivamente no histórico de vendas e na intuição, ou necessidade de faturamento da empresa. Já vi empresas com metas para determinadas regiões muito mais altas do que o potencial de vendas daquele mercado. Evidentemente o resultado não vinha e a culpa geralmente era do representante. Para saber como obter dados confiáveis acesse aqui PRIMEIRO E ÚNICO NO MUNDO, PARA ORGULHO NOSSO Há poucos dias começou a circular a 10ª edição do Anuário de Colchões Brasil, único no mundo. Considerado o maior compêndio do setor colchoeiro, é uma ferramenta que mudou a forma como o setor colchoeiro do Brasil é visto aqui no Brasil e no exterior. A 10ª edição circula no formato digital em português e inglês, inclusive com áudio nos dois idiomas.Isso é inédito na história do setor moveleiro/colchoeiro do Brasil. Veja a 10ª edição do Anuário de Colchões Brasil aqui VENDA DE COLCHÕES PODE SER MUITO MELHOR Nos últimos cinco anos a produção de colchões do Brasil registrou alta média de 6% ao ano. Hoje o país ocupa a 5ª posição no mundo. Mas, apesar dos bons números, poderia ser ainda melhor. A indústria produz colchões de qualidade, mas esbarra no varejo pouco eficiente para vender produtos de maior valor agregado. Inclusive lojas de fábrica tem tíquete médio abaixo do recomendado. Vendedores despreparados não conseguem vender colchões de qualidade. Sem condições de argumentar, de destacar os diferenciais do colchão, deixam o cliente inseguro e acabam vendendo o mais barato, que não vai resolver o problema das pessoas e muito menos irá gerar lucro para a loja e para as indústrias. Enquanto não treinar os vendedores, a situação não vai mudar. Por Ari Bruno Lorandi, CEO da Móveis de Valor
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12 moveisdevalor.com.br MANOBRA FRAUDA DIREITOS DE FUNCIONÁRIOS DA LUIZACRED Denúncia apresentada ao Ministério Público do Trabalho de São Paulo aponta um suposto esquema fraudulento para burlar normas trabalhistas em lojas de todo o país. Parceria entre a Magazine Luiza e o Itaú, a LuizaCred oferece serviços típicos de um banco tradicional, e, para isso, acessam os sistemas bancários do Itaú. Instalados dentro de lojas da rede varejista, os funcionários da LuizaCred são registrados como vendedores do Magazine Luiza e não como bancários ou financiários que tem salários maiores e jornadas de trabalho menores. MAIORIA DOS ESTADOS REGISTRA QUEDA NAS VENDAS EM DEZEMBRO O comércio varejista registrou queda de 3,5% do volume de vendas na comparação sazonalmente ajustada com novembro, segundo o Índice do Varejo Stone. O Índice Restrito, assim como o Índice Ampliado, também apresentou queda de 4,6%. No comparativo anual, os Índices Ampliado e Restrito apresentaram queda de 1,7% e 2,5%, respectivamente. Na comparação entre físico e digital, o comércio digital registrou alta mensal de 3,4% enquanto o comércio físico teve queda de 4,2% no mês. No comparativo anual desses índices, tivemos alta de 7,7% e queda de 2,1% para o digital e o físico, respectivamente. IPC-15 INDICA FORTE ALTA DE PREÇOS DE MÓVEIS NO VAREJO Se em 2024 o setor de móveis teve um bom comportamento no que se refere a inflação, este ano será bem diferente segundo o Índice de Preços ao Consumidor-15 de janeiro. O IPC-15 coleta informações do dia 16 do mês anterior a 15 do mês referência. Enquanto o Índice Geral ficou em 0,11, o de mobiliário bateu 1,02 com até 1,31 em móvel para sala. Outro dado importante é a forte alta verificada em São Paulo para todos os itens de móveis pesquisados. Situação oposta ocorre em Belo Horizonte, como se vê no quadro. APOSTAS DESVIAM R$ 100 BI DO VAREJO EM 2024 Em 2024, o mercado de apostas esportivas desviou aproximadamente R$ 100 bilhões que, segundo estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), seriam utilizados no consumo de produtos do varejo (tanto físico quanto digital). Esse montante representa o valor que o público gastou com apostas, em vez de adquirir bens e serviços. As pessoas deixaram de consumir em lojas e até na compra de móveis. Parte dessa renda foi direcionada para apostas, e o dinheiro desapareceu do varejo. A tendência para 2025 aponta que os gastos com apostas esportivas devem crescer ainda mais. PONTO DE VENDAS
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16 moveisdevalor.com.br IPCM em 2025 supera R$ 94 bilhões, aponta pesquisa do Instituto Impulso Nos aproximamos dos 100 bilhões de reais em potencial de consumo de móveis e poderia ser até mais se tivéssemos mantido os dois por cento de participação no bolo de consumo das famílias alcançado há 20 anos. Hoje não passa de 1,5%. Em 2024 o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de móveis ficou 25 pontos percentuais abaixo da média geral do índice. Quem mais subiu no varejo foi móvel para quarto com 4,77% e no outro extremo ficou cozinha com 2,31%. O comércio de móveis voltou a registrar alta depois de três anos de queda. Não repetiu o índice de 11,9% do ano de 2021, quando emergiu forte do impacto da pandemia de Covid-19. Em 2024 a alta foi pouco mais da metade disso, mas suficiente para a indústria moveleira comemorar o resultado e projetar para 2025 mais um ano positivo. O Mapa do Mercado, do Impulso, projeta expansão de 7,9%, quase quatro deles para recompor a inflação medida pelo IPCA no ano passado. A indústria moveleira fechou 2024 quase no mesmo índice de alta do comércio, o que não é pouco considerando seis anos de baixa, já que entre 2018 e 2023 apenas em 2019 houve leve alta de 0,1% (veja quadro). Mas a expansão da produção não foi linear uma vez que dos três maiores produtores – Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul – a indústria catarinense registrou forte queda (8,0%) ante alta de 9,0% do Paraná e 5,8% do Rio Grande do Sul. O problema de Santa Catarina se concentra na redução das exportações. Pela primeira vez em uma década o Rio Grande do Sul superou Santa MERCADO ATUALIZAÇÃO DA POPULAÇÃO, REAJUSTE DO PODER AQUISITIVO E IPCA DE 2024 ELEVARAM A PROJEÇÃO DO ÍNDICE DO POTENCIAL DE CONSUMO DE MOBILIÁRIO (IPCM) EM 7,9% PARA 2025, SEGUNDO DADOS DO INSTITUTO IMPULSO, QUE REALIZA O LEVANTAMENTO HÁ 22 ANOS NATURALMENTE A REGIÃO SUDESTE CONCENTRA O MAIOR CONTINGENTE DE PESSOAS E, CONSEQUENTEMENTE, SE CONSTITUI NO MAIS IMPORTANTE MERCADO DE CONSUMO DO PAÍS. TRATANDO-SE DE MÓVEIS, O SUDESTE REPRESENTA QUASE METADE DO TOTAL BRASILEIRO Por Ari Bruno Lorandi, CEO da Móveis de Valor
17 moveisdevalor.com.br deste disputam o segundo lugar com leve vantagem para os gaúchos. Na quarta posição está o Centro- -Oeste e o Norte, que representa 5% do Índice de Potencial de Consumo de Móveis, segundo o Mapa de Mercado. A seguir os principais dados dos 100 maiores municípios em IPCM no Brasil: Catarina nas exportações, devido aos volumes não embarcados pelo polo catarinense – cerca de US$ 111 milhões a menos nos últimos quatro anos. Um fator que pesa nesse desempenho é a redução de vendas para os Estados Unidos entre 2021 e 2024, um parceiro que costuma adquirir entre 50 e 60% das exportações totais do polo. Uma análise mais ampla mostra que não foi uma década positiva para a indústria moveleira que só teve resultado positivo em 2017 (4,5%) e em 2019 (0,1%) acumulando perdas importantes desde 2014 (veja o quadro). ÍNDICE DO POTENCIAL DE CONSUMO DE MÓVEIS 2025 A previsão de alta no consumo de móveis se deve, em parte à reposição da inflação de 2024, a atualização do censo de 2020, realizada pelo IBGE em agosto de 2024, o crescimento superior a 3% do consumo das famílias e a previsão de crescimento do PIB de 2,2% em 2025. E vem da classe econômica C, com renda familiar entre R$ 2.400 a 3.890, a maior parcela do consumo, com 38,6%. Em segundo está a classe B, composta por pessoas com renda de R$ 7.000 a 12.680. Ela responde por 18,5% dos domicílios brasileiros e por 34% do consumo de móveis. As classes A e D/E mostram o maior contraste. A primeira, com renda a partir de R$ 26.811 por mês, tem apenas 2,4% dos domicílios, mas o potencial de consumo alcança 12,5%. Por seu lado, com 24,3% dos domicílios, a classe D/E, que ganha até R$ 1.087 por mês, concentra apenas 14,9% do potencial de consumo de móveis no País (veja quadro). Naturalmente a região Sudeste concentra o maior contingente de pessoas e, também, se constitui no mais importante mercado de consumo do País. Tratando-se de móveis, o Sudeste representa quase metade do total brasileiro (veja quadro). Sul e NorMantendo-se o percentual de 2005 o gasto com móveis permitiria hoje incluir pelo menos mais duas cadeiras neste ambiente
18 moveisdevalor.com.br MUNICIPIO UF TOTAL TOTAL A B C D/E TOTAL 0001 SÃO PAULO SP 11.895.578 4.334.121 226.783 1.097.192 2.099.346 881.701 4.305.022 0002 RIO DE JANEIRO RJ 6.729.894 2.447.907 130.487 596.423 1.117.688 603.309 2.447.907 0003 BRASÍLIA DF 2.982.818 1.010.766 62.889 289.777 432.821 180.386 965.873 0004 SALVADOR BA 2.568.928 947.079 20.393 161.453 404.766 360.240 946.852 0005 BELO HORIZONTE MG 2.416.339 890.232 44.634 247.076 428.702 169.820 890.232 0006 CURITIBA PR 1.829.225 688.907 46.566 219.330 319.383 103.628 688.907 0007 PORTO ALEGRE RS 1.389.322 557.175 33.097 175.244 257.425 91.409 557.175 0008 FORTALEZA CE 2.574.412 859.425 16.052 152.892 352.413 338.068 859.425 0009 GOIANIA GO 1.494.599 559.875 28.352 146.854 272.833 110.041 558.080 0010 CAMPINAS SP 1.185.977 435.177 26.427 133.607 211.611 57.948 429.593 0011 RECIFE PE 1.587.707 548.497 16.614 93.179 224.395 214.309 548.497 0012 GUARULHOS SP 1.345.364 457.468 12.135 102.224 236.844 106.265 457.468 0013 MANAUS AM 2.279.686 645.522 13.410 134.714 306.747 187.526 642.397 0014 CAMPO GRANDE MS 954.537 335.084 12.290 80.350 167.597 71.012 331.249 0015 SÃO BERNARDO DO CAMPO SP 840.499 304.286 15.120 91.775 150.489 42.939 300.323 0016 SÃO LUIS MA 1.088.057 351.880 8.722 62.921 145.089 113.677 330.409 0017 BELÉM PA 1.398.531 418.500 11.092 84.920 182.128 136.486 414.626 0018 SANTO ANDRÉ SP 778.711 286.368 15.252 89.661 142.367 39.088 286.368 0019 RIBEIRAO PRETO SP 728.400 274.201 14.433 84.898 138.617 35.675 273.623 0020 FLORIANÓPOLIS SC 576.361 230.219 16.549 77.622 91.276 35.037 220.484 0021 UBERLANDIA MG 754.954 276.700 9.847 70.490 137.483 50.697 268.517 0022 JOINVILLE SC 654.888 230.067 10.477 70.610 110.667 29.688 221.442 0023 OSASCO SP 756.952 263.157 9.413 66.402 131.799 55.543 263.157 0024 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS SP 724.756 253.185 12.941 73.971 119.652 42.220 248.784 0025 SOROCABA SP 757.459 272.514 11.664 77.674 135.226 45.669 270.233 0026 NATAL RN 785.368 268.195 7.836 56.189 119.623 84.547 268.195 0027 CUIABÁ MT 682.932 240.560 10.419 60.619 115.205 48.773 235.016 0028 CAXIAS DO SUL RS 479.256 187.332 8.946 58.434 89.495 23.742 180.617 0029 MACEIÓ AL 994.464 338.801 5.767 52.753 132.762 147.310 338.592 0030 CONTAGEM MG 649.975 230.652 5.626 55.363 119.820 48.946 229.755 0031 LONDRINA PR 577.318 213.892 8.863 60.403 109.772 30.497 209.535 0032 JOÃO PESSOA PB 888.679 304.967 7.859 59.122 132.509 104.555 304.045 0033 JUIZ DE FORA MG 565.764 213.707 7.770 51.649 107.302 44.279 211.000 0034 SANTOS SP 429.567 168.063 12.448 55.149 71.299 29.069 167.965 0035 SÃO GONÇALO RJ 960.652 352.257 5.249 70.117 173.955 102.735 352.056 0036 JUNDIAÍ SP 460.313 169.161 10.422 52.820 76.107 24.090 163.439 0037 FEIRA DE SANTANA BA 657.948 226.290 2.683 35.884 86.596 84.893 210.056 0038 JABOATÃO DOS GUARARAPES PE 683.285 235.875 3.347 36.941 90.080 100.267 230.635 0039 BLUMENAU SC 380.597 142.070 7.306 46.585 65.796 15.440 135.127 0040 ARACAJU SE 628.849 221.161 8.892 49.341 92.934 69.994 221.161 0041 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SP 501.597 192.061 8.421 53.747 90.416 30.819 183.403 0042 MARINGÁ PR 425.983 161.333 7.963 49.444 77.828 23.625 158.860 0043 VILA VELHA ES 502.899 184.254 9.157 48.623 89.770 36.032 183.582 0044 APARECIDA DE GOIANIA GO 550.925 192.480 3.124 42.663 102.856 43.638 192.281 0045 TERESINA PI 902.644 284.187 5.811 51.784 120.848 89.622 268.065 0046 NOVA IGUACU RJ 843.046 287.910 3.347 47.340 127.003 108.007 285.697 0047 PORTO VELHO RO 514.873 154.810 5.657 36.093 71.035 30.833 143.618 0048 SERRA ES 572.274 200.077 4.115 43.021 104.819 47.125 199.080 0049 CANOAS RS 359.554 135.306 4.823 34.115 69.831 26.537 135.306 0050 DUQUE DE CAXIAS RJ 866.347 295.422 2.294 53.376 132.734 106.287 294.691 0051 NITEROI RJ 516.720 194.651 13.809 55.702 77.092 48.048 194.651 0052 MOGI DAS CRUZES SP 468.120 163.064 5.547 38.063 76.299 32.871 152.780 0053 PIRACICABA SP 438.827 160.740 7.461 47.477 77.353 25.694 157.985 0054 MAUÁ SP 429.380 153.300 3.273 35.363 81.664 33.000 153.300 Domicílios Urbanos por Classe Econômica Consumo per capita CLASSIFICA ÇÃO POTENCIAL DE CONSUMO DE MÓVEIS 2025 População Dados Demográficos
19 moveisdevalor.com.br D/E TOTAL A B C D/E TOTAL 881.701 4.305.022 828.980.608 66.872,84 1.339.497.489 2.396.919.563 2.741.467.127 855.955.741 7.333.839.919 603.309 2.447.907 359.634.753 53.078,23 651.231.098 791.281.321 914.782.465 418.396.863 2.775.691.746 180.386 965.873 286.943.782 92.732,27 339.684.039 751.458.002 563.660.672 118.433.518 1.773.236.231 360.240 946.852 62.954.487 21.706,06 215.331.000 521.402.627 549.624.753 317.110.384 1.603.468.763 169.820 890.232 105.829.675 41.818,32 260.439.392 571.142.422 599.995.797 150.684.509 1.582.262.119 103.628 688.907 98.003.704 49.907,02 288.599.515 710.382.294 427.625.389 75.971.160 1.502.578.358 91.409 557.175 81.562.848 54.647,38 281.811.643 504.482.778 350.914.035 70.067.195 1.207.275.650 338.068 859.425 73.436.128 27.164,45 184.887.324 347.763.997 436.268.879 221.035.433 1.189.955.633 110.041 558.080 59.865.990 38.483,54 139.828.489 343.700.552 332.270.057 89.099.815 904.898.913 57.948 429.593 72.946.775 59.634,21 170.079.281 350.618.334 267.378.578 49.745.231 837.821.424 214.309 548.497 54.970.305 33.094,37 100.978.629 276.127.353 279.899.953 165.276.542 822.282.477 106.265 457.468 77.376.467 55.084,22 77.057.780 241.546.583 310.147.058 101.478.134 730.229.555 187.526 642.397 103.281.436 45.782,75 84.646.260 205.457.478 257.166.736 117.049.331 664.319.806 71.012 331.249 34.731.151 37.916,06 133.637.650 194.512.381 260.386.140 70.904.174 659.440.345 42.939 300.323 58.277.014 68.571,36 91.683.722 225.362.607 189.465.991 40.366.713 546.879.033 113.677 330.409 36.535.226 32.739,65 81.927.680 150.905.985 210.632.701 93.838.101 537.304.466 136.486 414.626 33.467.126 22.216,33 52.328.563 194.123.494 198.287.039 88.877.294 533.616.390 39.088 286.368 32.620.295 45.062,56 92.954.840 214.466.062 179.771.565 33.552.566 520.745.033 35.675 273.623 39.955.572 55.484,91 88.426.127 208.496.240 167.941.961 37.947.961 502.812.290 35.037 220.484 23.555.034 45.602,98 72.788.371 260.406.528 123.168.404 43.595.132 499.958.435 50.697 268.517 43.129.285 61.038,02 54.500.511 166.397.096 195.097.388 43.630.019 459.625.014 29.688 221.442 45.069.864 74.531,62 52.004.510 203.504.125 169.020.298 32.742.133 457.271.065 55.543 263.157 86.111.260 122.765,64 59.930.215 144.649.857 173.534.678 53.058.520 431.173.270 42.220 248.784 45.208.808 61.315,88 79.011.569 151.784.182 156.971.537 39.540.827 427.308.115 45.669 270.233 44.533.398 64.046,61 82.663.413 144.197.120 152.804.666 42.784.724 422.449.923 84.547 268.195 24.186.262 26.972,28 50.598.129 169.724.156 137.827.065 59.891.896 418.041.246 48.773 235.016 29.746.934 47.700,88 76.503.652 144.739.665 147.113.817 48.878.123 417.235.258 23.742 180.617 31.688.460 60.506,95 70.563.579 179.622.736 140.504.483 16.439.309 407.130.107 147.310 338.592 27.484.016 26.642,20 36.097.549 124.712.842 136.400.979 108.887.744 406.099.114 48.946 229.755 36.479.765 54.136,41 31.550.699 160.257.083 169.331.968 42.740.435 403.880.186 30.497 209.535 23.604.749 40.636,89 58.309.562 142.346.417 171.975.033 21.842.986 394.473.998 104.555 304.045 22.244.284 26.936,78 47.562.494 123.518.929 148.137.147 71.145.384 390.363.953 44.279 211.000 20.297.559 35.145,34 47.256.716 121.905.890 151.420.431 39.291.125 359.874.162 29.069 167.965 24.090.173 55.508,46 64.278.031 154.561.712 91.942.064 27.900.680 338.682.488 102.735 352.056 20.324.883 18.504,81 39.718.762 89.469.699 132.601.561 74.781.700 336.571.721 24.090 163.439 57.670.893 135.081,20 66.529.783 127.206.911 97.933.794 23.175.823 314.846.311 84.893 210.056 17.282.198 27.691,08 28.647.272 94.813.845 115.960.086 74.096.299 313.517.502 100.267 230.635 16.133.556 22.680,83 28.379.067 98.555.675 109.115.910 76.513.539 312.564.191 15.440 135.127 20.576.440 56.155,65 37.034.028 147.173.405 111.291.661 17.048.557 312.547.651 69.994 221.161 18.405.678 27.364,40 42.033.390 109.687.862 101.251.689 54.155.811 307.128.752 30.819 183.403 20.962.617 44.679,93 61.283.325 99.652.247 106.470.409 28.867.190 296.273.170 23.625 158.860 22.656.733 51.908,79 47.914.514 131.960.020 96.339.536 17.308.043 293.522.114 36.032 183.582 16.305.842 32.056,78 49.658.528 103.781.450 102.595.062 27.641.784 283.676.824 43.638 192.281 16.979.984 28.213,26 24.525.185 105.208.028 110.254.940 34.759.924 274.748.078 89.622 268.065 23.895.231 27.430,28 38.531.650 76.532.055 112.423.205 46.428.995 273.915.906 108.007 285.697 17.794.593 21.559,06 25.156.690 59.370.815 120.169.939 61.445.298 266.142.742 30.833 143.618 20.059.522 36.541,49 36.613.266 103.936.665 97.354.521 26.651.114 264.555.566 47.125 199.080 37.279.406 69.452,01 31.669.866 88.979.193 106.252.965 35.551.814 262.453.837 26.537 135.306 21.995.362 62.892,77 43.422.838 95.330.872 96.502.019 20.992.596 256.248.326 106.287 294.691 53.136.666 57.170,07 16.340.513 68.715.064 110.056.940 60.467.786 255.580.303 48.048 194.651 66.345.730 128.333,01 54.999.777 93.411.348 69.288.143 33.381.302 251.080.569 32.871 152.780 19.604.517 43.031,34 35.523.928 82.917.493 100.385.442 31.390.931 250.217.794 25.694 157.985 34.555.724 84.225,76 45.095.907 88.108.407 91.230.244 24.718.456 249.153.014 33.000 153.300 20.776.213 43.128,78 29.083.101 82.936.452 96.418.037 32.044.542 240.482.132 PCM Mobiliário 2025 a Potencial de Consumo por Classe Econômica (R$) Consumo per capita PIB 2021 PIB total (R$ mil) PIB per capita (R$)
20 moveisdevalor.com.br 0048 SERRA ES 572.274 200.077 4.115 43.021 104.819 47.125 199.080 0049 CANOAS RS 359.554 135.306 4.823 34.115 69.831 26.537 135.306 0050 DUQUE DE CAXIAS RJ 866.347 295.422 2.294 53.376 132.734 106.287 294.691 0051 NITEROI RJ 516.720 194.651 13.809 55.702 77.092 48.048 194.651 0052 MOGI DAS CRUZES SP 468.120 163.064 5.547 38.063 76.299 32.871 152.780 0053 PIRACICABA SP 438.827 160.740 7.461 47.477 77.353 25.694 157.985 0054 MAUÁ SP 429.380 153.300 3.273 35.363 81.664 33.000 153.300 0055 SÃO JOSÉ SC 289.949 110.571 5.508 36.213 53.627 13.831 109.179 0056 FRANCA SP 364.331 130.849 3.540 34.467 68.850 22.096 128.953 0057 CASCAVEL PR 364.104 135.185 4.747 36.331 69.590 18.911 129.579 0058 PONTA GROSSA PR 372.562 131.477 3.822 30.827 67.904 26.391 128.944 0059 VITÓRIA ES 342.800 128.842 8.554 40.501 56.566 23.221 128.842 0060 PRAIA GRANDE SP 365.577 137.021 3.151 31.864 71.914 30.092 137.021 0061 BAURU SP 391.740 145.417 6.135 40.485 72.452 25.473 144.545 0062 BETIM MG 429.236 149.130 2.367 31.367 78.534 35.593 147.861 0063 UBERABA MG 354.142 130.820 4.565 31.625 65.370 25.770 127.330 0064 CARAPICUIBA SP 398.462 137.796 3.286 30.366 72.327 31.817 137.796 0065 DIADEMA SP 404.118 145.550 2.880 31.613 76.797 34.260 145.550 0066 TAUBATÉ SP 321.298 115.485 5.005 34.141 58.617 15.631 113.394 0067 SÃO VICENTE SP 338.407 121.583 3.050 29.891 63.225 25.212 121.378 0068 ITAJAÍ SC 287.289 100.573 4.018 28.447 47.678 14.264 94.407 0069 ANÁPOLIS GO 415.847 147.210 2.336 32.702 75.424 34.409 144.871 0070 SANTA MARIA RS 282.244 108.127 4.441 27.356 50.976 19.985 102.758 0071 PELOTAS RS 336.131 131.151 2.023 27.134 63.543 30.473 123.173 0072 CHAPECÓ SC 275.959 99.298 3.707 27.090 48.157 11.853 90.807 0073 BARUERI SP 330.339 114.613 4.068 26.703 59.186 24.656 114.613 0074 SÃO JOSÉ DOS PINHAIS PR 345.644 122.146 3.606 31.177 61.286 15.002 111.071 0075 VITÓRIA DA CONQUISTA BA 394.024 133.900 1.256 20.615 49.990 49.563 121.424 0076 PALHOÇA SC 245.477 89.024 2.958 25.434 45.922 13.130 87.444 0077 MONTES CLAROS MG 434.321 148.640 1.906 28.623 62.474 46.656 139.659 0078 RIO BRANCO AC 387.852 126.635 2.372 22.782 52.544 38.951 116.649 0079 LIMEIRA SP 300.728 105.970 3.831 27.940 53.259 18.183 103.213 0080 NOVO HAMBURGO RS 235.879 89.610 3.027 21.716 46.029 17.286 88.058 0081 AMERICANA SP 246.655 91.317 4.645 29.717 44.451 12.198 91.011 0082 OLINDA PE 365.402 126.111 1.253 20.020 53.846 48.422 123.541 0083 ANANINDEUA PA 507.838 155.818 1.673 27.735 70.024 55.986 155.418 0084 TABOÃO DA SERRA SP 284.274 101.346 2.985 24.838 52.628 20.895 101.346 0085 CAMPINA GRANDE PB 440.939 150.335 1.378 23.650 59.485 60.295 144.808 0086 CRICIÚMA SC 225.281 82.117 3.377 24.219 41.634 11.808 81.038 0087 CARUARU PE 402.290 143.286 1.710 19.251 52.033 53.438 126.432 0088 COTIA SP 287.004 101.401 4.431 25.065 50.726 21.179 101.401 0089 GRAVATAÍ RS 275.294 102.563 2.180 22.819 52.125 20.222 97.346 0090 SÃO CARLOS SP 265.294 99.163 4.189 28.585 50.514 12.683 95.971 0091 SÃO LEOPOLDO RS 225.669 84.812 2.792 20.602 44.194 16.923 84.511 0092 FOZ DO IGUAÇÚ PR 295.500 103.056 2.719 22.229 52.891 24.458 102.297 0093 DOURADOS MS 260.640 89.828 2.502 19.959 44.477 17.417 84.355 0094 SUMARÉ SP 289.787 101.353 2.636 25.630 52.765 19.335 100.366 0095 CAMPOS DOS GOYTACAZES RJ 519.011 177.688 2.337 30.559 73.262 58.801 164.959 0096 CAMAÇARI BA 319.394 113.985 1.333 16.051 45.062 46.928 109.374 0097 PAULISTA PE 362.960 127.149 895 18.458 52.724 55.072 127.149 0098 CARIACICA ES 375.485 130.734 1.905 25.994 66.428 32.493 126.820 0099 PASSO FUNDO RS 214.564 83.671 3.107 23.139 43.635 11.739 81.620 0100 INDAIATUBA SP 267.796 94.693 4.718 29.844 46.234 13.161 93.957 83.451.647 29.647.939 1.172.798 7.185.213 13.841.546 7.019.818 560,90 39,3% 40,3% 67,1% 52,9% 46,2% 39,2% 13,8% 212.583.750 73.653.513 1.748.084 13.593.746 29.951.532 17.910.841 493,00 3,5% 2,4% 18,5% 40,7% 24,3% 297,31 Consumo per capita Domicílios Urbanos por Classe Econômica em (Nº) e (%) Total da População Brasileira Percentual e números por Domicílio, Consumo per capita, PIB e Potencial de Consumo por ClasseEconômica Total para os 100 maiores em PCM Total para os 5.570 municípios em PCM Percentual de participação de 100 sobre o total
21 moveisdevalor.com.br 47.125 199.080 37.279.406 69.452,01 31.669.866 88.979.193 106.252.965 35.551.814 262.453.837 26.537 135.306 21.995.362 62.892,77 43.422.838 95.330.872 96.502.019 20.992.596 256.248.326 106.287 294.691 53.136.666 57.170,07 16.340.513 68.715.064 110.056.940 60.467.786 255.580.303 48.048 194.651 66.345.730 128.333,01 54.999.777 93.411.348 69.288.143 33.381.302 251.080.569 32.871 152.780 19.604.517 43.031,34 35.523.928 82.917.493 100.385.442 31.390.931 250.217.794 25.694 157.985 34.555.724 84.225,76 45.095.907 88.108.407 91.230.244 24.718.456 249.153.014 33.000 153.300 20.776.213 43.128,78 29.083.101 82.936.452 96.418.037 32.044.542 240.482.132 13.831 109.179 13.838.193 54.544,43 27.036.145 114.157.585 82.241.588 15.258.062 238.693.381 22.096 128.953 11.276.086 31.450,10 22.524.771 90.978.562 103.857.459 21.244.417 238.605.210 18.911 129.579 15.787.528 46.976,49 30.689.119 84.876.338 108.851.939 13.543.919 237.961.315 26.391 128.944 19.490.853 54.316,58 24.710.969 90.679.634 93.896.123 19.528.399 228.815.125 23.221 128.842 31.423.573 85.035,67 45.374.150 103.815.285 62.331.794 17.218.267 228.739.496 30.092 137.021 8.727.831 25.940,64 27.877.292 75.465.347 94.419.191 28.751.207 226.513.036 25.473 144.545 16.721.368 43.806,93 40.527.526 74.915.220 81.745.728 23.859.752 221.048.226 35.593 147.861 33.132.919 73.624,78 21.962.145 69.483.885 97.160.061 31.053.844 219.659.935 25.770 127.330 20.397.519 59.943,87 28.640.928 74.486.332 92.553.118 22.867.790 218.548.167 31.817 137.796 6.854.706 16.909,54 29.988.907 70.315.914 85.014.282 30.385.420 215.704.523 34.260 145.550 18.484.356 43.031,91 25.648.117 65.010.024 90.078.303 32.715.211 213.451.655 15.631 113.394 16.199.986 50.495,56 29.171.061 83.815.189 81.635.856 13.416.481 208.038.587 25.212 121.378 6.121.259 16.506,51 19.597.859 78.163.737 83.359.483 24.480.259 205.601.338 14.264 94.407 47.754.802 210.729,12 24.019.078 89.626.990 70.102.905 17.792.212 201.541.185 34.409 144.871 17.788.289 44.860,34 17.455.888 75.440.728 80.600.072 27.390.347 200.887.036 19.985 102.758 9.562.027 33.532,26 43.497.811 76.977.670 63.948.688 15.807.954 200.232.123 30.473 123.173 10.778.119 31.347,60 24.605.815 72.478.937 76.871.142 23.682.044 197.637.937 11.853 90.807 13.693.104 60.166,46 20.034.471 85.190.636 73.565.911 16.440.608 195.231.627 24.656 114.613 58.027.667 207.460,98 27.782.718 63.653.818 77.680.893 23.564.618 192.682.047 15.002 111.071 27.009.658 80.717,40 23.202.647 72.213.638 87.040.625 9.464.067 191.920.977 49.563 121.424 8.215.793 23.907,93 11.413.827 65.935.972 66.933.257 43.255.221 187.538.278 13.130 87.444 8.208.640 45.940,71 15.646.624 82.347.629 70.797.782 16.370.674 185.162.709 46.656 139.659 10.800.251 25.870,23 15.219.327 66.480.704 68.411.091 33.494.311 183.605.433 38.951 116.649 10.955.675 26.119,02 11.070.467 63.858.885 70.960.606 32.000.678 177.890.637 18.183 103.213 16.060.739 51.678,31 25.678.158 60.673.941 74.283.203 17.033.236 177.668.538 17.286 88.058 10.037.889 40.589,43 27.269.136 72.772.210 63.541.445 13.674.996 177.257.787 12.198 91.011 15.217.280 62.271,47 27.036.322 71.099.582 66.916.757 10.364.415 175.417.076 48.422 123.541 5.788.250 14.700,91 10.765.522 58.135.025 69.089.199 36.989.249 174.978.996 55.986 155.418 8.939.830 16.542,68 10.752.255 55.189.999 71.094.833 36.428.524 173.465.611 20.895 101.346 10.291.072 34.588,58 18.896.711 64.519.931 69.426.482 20.289.918 173.133.042 60.295 144.808 10.373.107 25.066,11 7.946.354 59.265.960 64.765.979 40.653.646 172.631.939 11.808 81.038 10.063.805 45.871,13 20.319.420 76.217.283 61.162.131 14.719.663 172.418.496 53.438 126.432 8.663.525 23.456,58 14.552.412 51.808.600 64.999.018 40.836.448 172.196.477 21.179 101.401 16.114.165 62.486,58 29.084.047 54.563.751 66.743.872 20.562.397 170.954.067 20.222 97.346 10.261.618 35.934,57 26.176.232 68.945.298 57.707.051 15.996.331 168.824.911 12.683 95.971 14.141.854 55.044,88 29.684.984 52.858.982 75.613.505 10.482.426 168.639.898 16.923 84.511 10.855.366 45.159,57 25.106.883 68.864.330 60.942.317 13.387.672 168.301.201 24.458 102.297 18.969.765 73.534,49 17.576.638 58.725.463 72.700.173 17.791.549 166.793.823 17.417 84.355 12.595.690 55.246,68 26.220.166 52.532.612 69.201.170 17.676.685 165.630.633 19.335 100.366 16.179.892 55.816,79 16.983.987 66.666.723 63.049.869 18.778.278 165.478.857 58.801 164.959 37.179.860 72.243,98 17.167.995 43.204.708 69.302.317 33.470.023 163.145.043 46.928 109.374 33.971.705 109.866,84 12.882.183 48.339.203 60.300.331 40.950.061 162.471.778 55.072 127.149 5.591.652 16.596,43 7.544.701 49.854.162 62.195.712 42.153.065 161.747.640 32.493 126.820 13.698.973 35.444,12 16.003.505 52.858.636 66.393.180 25.939.113 161.194.433 11.739 81.620 12.552.833 60.905,63 26.931.405 56.772.578 68.429.276 8.987.883 161.121.142 13.161 93.957 22.817.117 87.525,86 28.441.254 66.382.289 54.626.946 11.593.141 161.043.630 7.019.818 560,90 4.333.161.171 51.924,21 7.391.528.844 16.740.845.841 17.003.375.621 5.671.925.685 46.807.675.992 39,2% 13,8% 48,1% 22,5% 63,0% 52,3% 46,7% 40,4% 49,7% 17.910.841 493,00 9.012.142.000 42.393,37 11.732.082.217 32.022.268.925 36.378.196.521 14.041.703.004 94.174.250.667 24,3% 297,31 --- --- 12,5% 34,0% 38,6% 14,9% 100,0% Consumo per capita PIB total (R$ mil) PIB per capita (R$) Potencial de Consumo de Móveis por Classe Econômica em (R$) e (%) ) e (%)
22 moveisdevalor.com.br 2025 espalha mais dúvidas do que certezas na economia Crescer é bom e quando esse crescimento é sustentável, melhor ainda, mas não é isso o que acontece atualmente na economia. O Brasil teve em 2024 o melhor momento desde 2010, mas vai mudar a rota. O ano de 2025 começa com juros mais altos, preços mais pressionados, real mais fraco e capacidade de comprometimento da renda das famílias pior em função dos juros e da inflação mais alta. É presumível pensar, portanto, que os bancos vão pesquisar com mais profundidade a performance de empresas e pessoas físicas para evitar que se endividem mais do que a sua capacidade de pagar. Para alguns economistas, muitas das contribuições positivas vistas em 2024 devem acabar e as mudanças estão previstas para aparecer no segundo semestre. Projeções que o varejo restrito de 4,9% em 2024 deve ficar em 2% em ECONOMIA HÁ CONSENSO ENTRE AS LIDERANÇAS DO SETOR MOVELEIRO NACIONAL DE QUE É PRECISO CRIAR AS CONDIÇÕES MACROECONÔMICAS NECESSÁRIAS PARA QUE A ATIVIDADE CONTINUE CRESCENDO MUITOS SE MOSTRAM INQUIETOS SOBRE COMO SERÁ O COMPORTAMENTO DA INFLAÇÃO, TAXAS DE JUROS E DO CÂMBIO QUE AFETAM O CRÉDITO E PRESSIONAM OS PREÇOS DAS MATÉRIAS-PRIMAS Por Guilherme Arruda, jornalista convidado
23 moveisdevalor.com.br 2025. No caso do varejo ampliado, as perspectivas são de 5% para o ano passado (os dados finais não estavam disponíveis no fechamento desta edição) e de 2,3% nesse ano. Não há risco de o varejo topar com uma recessão, mas haverá certamente um arrefecimento gradativo ao longo do ano. O entendimento é que o varejo comece a perder ritmo por causa da tendência de juros mais altos e do câmbio desvalorizado, o que preocupa segmentos atrelados à importação. Ambos fazem subir a inflação que está em alta em um ambiente inflacionário internacional bem mais fraca do que dois anos atrás. Muitos reclamam do Banco Central por fazer subirem os juros, mas esse é o instrumento que a autoridade monetária tem para impedir que os preços saiam do controle. A pesquisa Radar Febraban revela que a maioria dos brasileiros terminou o ano de bom humor e com muitos sentimentos positivos para 2025. Será? O Serasa mostra que 2024 encerrou com 73 milhões de pessoas endividadas – fator que impacta no consumo. Pesquisa do Datafolha revelou que para 61% dos brasileiros a economia está no caminho errado. Apenas 32% veem a trajetória como correta. E tem mais: o ano novo é 2025, mas pode chamar de “2026 menos 1” por conta das incertezas relacionadas a próxima campanha presidencial. OTIMISMO MODERADO NOS POLOS José Lopes Aquino, presidente do SIMA, de Arapongas, concorda que os desafios serão a inflação, o custo financeiro e o câmbio, mas se mostra otimista. “Em 2025 teremos um resultado positivo para o setor moveleiro. O móvel definitivamente está em um patamar melhor em relação a prioridade de compra do consumidor, mas ainda não no lugar que almejamos”, comenta o dirigente, lembrando que as dificuldades continuarão em relação a matérias-primas, mão de obra e, especialmente em relação às margens necessárias ao negócio. “É preciso rentabilizar minimamente o investimento das empresas”, observa. Euclides Longhi, da Movergs, constata: dólar e taxa Selic elevadas preocupam os empresários, Varejistas gaúchos se mostram otimistas, acreditando que os benefícios sociais do governo convergem para o consumo porque impactam toda a cadeia produtiva – desde a compra de matérias-primas até a produção e a venda final, mas ele vai além. “É fundamental que o governo federal equilibre as contas públicas, para que a inflação seja controlada, os juros fiquem mais civilizados, o câmbio equilibrado e o nível de renda cresça. Com um cenário interno mais favorável ao consumo de bens duráveis, é possível que as vendas se mantenham em um patamar próximo ao de 2024. Ainda que haja retração no volume de vendas, os impactos podem ser menores quando a economia está estável”, argumenta. “Toda vez que há uma variação tão elevada do câmbio, isso exerce uma forte influência no nosso setor, como nos casos
24 moveisdevalor.com.br ção econômica doméstica e ao cenário externo, com destaque para a competitividade no mercado internacional. Diversificação de produtos, eficiência produtiva e investimentos em inovação serão cruciais para se destacar”, pondera Luiz Carlos Pimentel, presidente do Sindusmobil, de Santa Catarina, que projeta crescimento moderado do polo, levando em conta os juros, o reajuste de matérias-primas, a instabilidade cambial, negociações com fornecedores e incentivos fiscais. “Oportunidades devem surgir com a crescente valorização do design e da sustentabilidade nos mercados”, prevê. Ao fazer um balanço de 2024, Cíntia Weirich, presidente do Sindmóveis, de Bento Gonçalves (RS), conta que foi um bom ano para o polo em relação a faturamento e exportação, mas é preciso considerar questões como carga tributária, logística, custo de matérias-primas, entre outros fatores que acabam diminuindo a margem de lucro das empresas – sem esquecer a catástrofe climática. “Ainda é cedo para fazer projeções para 2025. O ideal é sentir o clima do mercado no primeiro trimestre. A Movelsul Brasil, com certeza dará mais fôlego para o setor como um todo”, almeja. Irio Piva, presidente da CDL Porto Alegre, está confiante. "Apesar da taxa de juros básicos e da inflação em alta, ainda assim acredito em um ano positivo para o varejo. Devemos ter um 2025 com leve crescimento em relação a 2024, pois o nível de emprego está alto e há ainda o estímulo dos benefícios sociais que injetam dinheiro na economia. Esses recursos costumam ir direto para as compras, gerando um aumento do consumo das famílias”, analisa, porém, indica preocupação no médio e longo prazos. “O governo gastando mais do que arrecada, está gerando um déficit muito grande e teremos que pagar esta conta", conclui. de resinas, produtos químicos, ferragens – basicamente, a maioria dos insumos. Ou seja, começamos o ano com uma série de reajustes, sem falar na pauta econômica”, diz Vitor Guidini, presidente do Sindimol, de Linhares (ES). Ele conta que as empresas se prepararam, fizeram investimentos em busca de eficiência produtiva e agora ingressam em um clima de preocupação. Embora considere que as expectativas são boas, há o anseio de ver como o consumo irá se comportar. “Vamos ver como será o segundo semestre”, conjectura. SENTINDO O CLIMA DE 2025 “A demanda por móveis continuará atrelada à recuperaPara os consumidores, empréstimos e financiamentos ficam mais caros e isso desencoraja o consumo
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26 moveisdevalor.com.br Quando se fala de controle das contas do governo, a situação não é nada boa. Vejamos. O Comitê de Política Econômica avisou que deve subir a Selic nas duas primeiras reuniões desse ano (28-29 de Janeiro e 18-19 de março) em um ponto percentual por vez, o que levaria a taxa para 14,25% anuais – remetendo aos níveis de 2015-2016. A razão é o descontrole da inflação. O IPCA bateu em 4,87% ano passado, acima da margem de tolerância da meta. O outro lado da moeda é que esse mesmo juro agrava o pagamento da dívida do governo. Assim, elevar a Selic significa alimentar a bola de neve dos gastos públicos. Para descrever essa situação, economistas tiraram do baú a expressão “dominância fiscal”, que vem a ser a situação em que não há mais nada que possa ser feito pelo Banco Central para controlar a inflação. Nesse quadro, tudo dependeria da questão fiscal, ou seja, fica na mão do governo federal cortar gastos e criar uma atmosfera de segurança para atrair dinheiro. O novo presidente do BC, Gabriel Galípolo, é conhecido por pensar fora da caixa, já foi definido como um "heterodoxo não ortodoxo". Sua missão é costurar um caminho viável para a economia não travar no curto prazo nem se tornar insustentável no médio. O juro no Brasil é desanimador, com a terceira maior taxa do mundo Taxas de juros elevadas mais do que abalam a confiança dos empresários – eles desestimulam investimentos, privilegiam especuladores e limitam o desenvolvimento do país. Atualmente, o juro real – descontada a inflação – está em torno de 8%, a terceira taxa mais alta do mundo. Como dito antes, para os consumidores, significa que os empréstimos e financiamentos ficam mais caros e isso desencoraja o consumo. Fica atraente para quem investe, pois encontra retornos mais atrativos em aplicações financeiras que oferecem juros reais próximos ou superiores à taxa de 8%. O empresário Horácio Lafer Piva, ex-presidente da Fiesp, se diz preocupado com as conversas ventiladas no governo de que a atual turbulência econômica poderia ter sido causada por ataques especulativos. Para ele, parece haver no entorno do governo alguma dificuldade de transmitir ao presidente as verdades incômodas sobre a situação econômica. Avalia que falta apoio do PT a Fernando Haddad e que o próprio Ministro da Fazenda, assim como a Ministra do Planejamento, Simone Tebet, têm sido atropelados. Para o ex-ministro da Fazenda, Luis Carlos Bresser Pereira, a economia brasileira está presa em um círculo vicioso da quase estagnação desde 1980. Para ele, a causa direta é a taxa de investimento muito baixa. Tanto o investimento privado quanto o público são sistematicamente inferiores a 17% quando deveria girar em torno de 25% do PIB. Sete pontos percentuais é uma diferença muito grande. Ainda há tempo para reverter o quadro. A solução está dentro do setor público. O ex-presidente do BC, Roberto Campos Neto resume: “É muito difícil ter juros mais baixos se o fiscal não estiver organizado”. Situação atual só é boa para investidores que ganham muito em aplicações financeiras
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28 moveisdevalor.com.br Plantando suas metas com propósitos firmes e determinação, elas serão plantadas no Céu também. E por certo serão atingidas exatamente com o você planejou. Exatamente como você pediu ao Universos. Mas, claro, saber o destino é apenas o começo. É como ter o ponto de chegada no GPS. Para chegar lá, você precisa: • Traçar o plano de voo: Quais são as etapas? O que precisa ser feito nos próximos 12 meses? - E além, naturalmente. • Ajustar a rota: Obstáculos vão surgir, mas quem sabe onde quer chegar encontra alternativas. • Ação inteligente: Planejar é fundamental, mas agir é ainda mais. E agir com foco é o que transforma sonhos em realidades. “Pessoas com metas definidas vencem porque sabem exatamente onde vão” – Earl Nightingale. Então, pergunte-se agora: o que você quer ser e ter em 2025? Como quer que padrão de vida você realmente quer? Que tipo de pessoa você deseja se tornar? Que legado você quer começar a construir? Sua vida é mais importante que uma simples corrida de táxi. Planeje seu percurso, dê os primeiros passos e confie que um trabalho focado, aliado à clareza de propósito, vai levar você onde deseja estar. O futuro é criado hoje e está muito bem desenhado aí na sua mente. Comece agora. Moacir Moura, palestras inspiradoras para você e sua empresa. Para saber mais: (41) 99958-4518 ou moacirmoura@outlook.com.br O que você quer ser e ter em 2025? Para onde você quer ir? Tem endereço e CEP para planejar o percurso e chegar lá com certeza e segurança? Viradas de ano são como portais: uma nova chance de ajustar a rota, redefinir objetivos e se aproximar daquela vida ideal que tanto desejamos. Mas eis a questão: você sabe exatamente o que quer? Muitos querem "uma vida melhor", "mais felicidade" ou "$uce$$o", mas esses desejos são vagos demais. Sem clareza, você é como um barco à deriva, sem destino definido. Pense no seguinte: quando você chama um carro por aplicativo, a primeira pergunta do motorista é “Para onde vamos?” Sem o endereço ou CEP, o veículo sequer sai do lugar. Por que sua vida deveria ser diferente? Planejar o percurso exige que você defina o destino com precisão. Dessa forma conhece a Plataforma da Prosperidade. O Universo é generoso e responde ao que pedimos, mas é crucial saber como pedir. Imagina querer ir à “felicidade” sem especificar o que isso significa para você. Será passar mais tempo com sua família? Abrir um negócio próprio? Viajar o mundo? Impulsionar sua empresa? ou Ganhar mais Dinheiro? Defina seu destino em detalhes. Visualize-o. Dê-lhe um endereço exato. Alguém disse: “De nada adianta quilos de conhecimento, se você tem gramas de atitude.” ARTIGO Por Moacir Moura
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30 moveisdevalor.com.br Exportações desaceleram e se aproximam das importações Pela segunda vez em uma década os valores referentes as exportações de móveis domésticos ficaram muito próximos das importações. Os embarques fecharam 2024 com US$ 889,0 milhões, alta de 0,2% em relação ao ano anterior – terceiro maior volume em dez anos. Por sua vez as importações somaram US$ 881,2 milhões, aumento de 23,7%, impulsionado por produtos vindos da China, que teve crescimento de 35,8% (US$ 418,5 milhões) sobre 2023. Essa combinação gerou um superávit de US$ 7,7 milhão, o segundo pior da década – em 2016 foi de US$ 7,9 milhões. Os Blocos Econômicos com maior peso nas exportações encolheram as compras de forma suave. A América do Sul, principal destino brasileiro, recuou 6,9% ano passado, para US$ 366,2 milhões, enquanto a América do Norte, segunda melhor rota, encolheu 0,6%, em US$ 279,3 milhões. A Europa, terceira região mais bem posicionada, elevou suas compras em 16,8%, para US$ 109,3 milhões. A Oceania teve a maior alta, 38,8%, mas seu volume carrega a lanterna entre todos os blocos. No caso das importações, a Ásia foi o bloco que apresentou o melhor desempenho ano passado, com US$ 520,2 milhões (59% de todas as compras externas) com elevação de 31,9% sobre 2023. A Europa, que costuma aparecer como segundo melhor escolha, elevou as suas vendas para o Brasil em 7,2%, enquanto a América do Norte cresceu 19,9%. A África VOLUMES DE MÓVEIS EMBARCADOS E COMPRAS VINDAS DO EXTERIOR FICARAM SEPARADAS POR PEQUENA DIFERENÇA EM 2024, MOTIVADA PELO AUMENTO DAS IMPORTAÇÕES NAS EXPORTAÇÕES, O RIO GRANDE DO SUL ULTRAPASSOU SANTA CATARINA PELA PRIMEIRA VEZ EM UMA DÉCADA DEVIDO A CONTRAÇÃO DOS NEGÓCIOS REALIZADOS PELO POLO CATARINENSE Por Guilherme Arruda, jornalista convidado Observatório
31 moveisdevalor.com.br ampliou suas vendas em 109% de um ano para outro, mas tanto ela como o Oriente Médio, Oceania e América Central operam com bases reduzidas de valores. PRINCIPAIS POLOS Pela primeira vez em uma década o Rio Grande do Sul superou Santa Catarina nas exportações, devido aos volumes não embarcados pelo polo catarinense – cerca de US$ 111 milhões a menos nos últimos quatro anos. Um fator que pesa nesse desempenho é a redução de vendas para os Estados Unidos entre 2021 e 2024, um parceiro que costuma adquirir entre 50 e 60% das exportações totais do polo. Ainda assim, pertence a Santa Catarina o feito do maior embarque brasileiro no período de uma década – US$ 370,8 milhões em 2021. Após alcançar exportações de US$ 132 milhões em 2022 e US$ 90,3 milhões em 2023, as receitas de São Bento do Sul recuaram em 2024 para US$ 81,9 milhões em 2024, enquanto Caçador, Campo Alegre, Rio Negrinho e Fraiburgo tiveram vendas positivas em relação a 2023. Vale observar que o polo catarinense vem gradativamente apostando na exploração em países da América Central e Caribe, Europa e América do Sul. Há pouca presença na África, Ásia, Oceania e Oriente Médio. Rio Grande do Sul e Santa Catarina respondem por dois terços das exportações brasileiras. Se considerar a região Sul, sobe para 76,3%. Os gaúchos obtiveram em 2024 o segundo melhor desempenho de suas exportações em dez anos, US$ 272,4 milhões, 8,3% acima de 2023, sendo US$ 139,4 milhões para países da América do Sul, 51% do total embarcado. Dos oito principais mercados dessa região, seis ampliaram suas compras em 2024 em valores: Chile (25%), Peru (46,4%), Paraguai (17,7%), Argentina (43,4%), Colômbia (44,2%) e Equador (12,6%). Quedas foram registradas no Uruguai (-2,2%) e Bolívia (-39%). Após quatro anos com embarques na faixa média de US$ 6,0 milhões, as exportações Polo moveleiro de Caçador é o 5º maior exportador do País e o segundo de Santa Catarina
32 moveisdevalor.com.br gaúchas para a Argentina deram um salto de 43,4% em 2024, somando US$ 9,6 milhões. E aqui entra os embarques de Santa Cruz do Sul, +34,5% (US$ 5,3 milhões), Bento Gonçalves, +233% (US$ 1,2 milhão), Canoas, +825% (US$ 662,7 mil) e Antonio Prado, +68% (US$ 212 mil). Os polos de Dois Irmãos, Tupandi e Bom Princípio não tiveram registros em 2023 e voltaram a exportar em 2024 para o país dos hermanos. Ainda no grupo dos estados que exportam acima de US$ 100 milhões anuais, São Paulo e Paraná mostraram comportamentos diferenciados. O polo paulista recuou 12,1% sobre 2023, fechando em US$ 148,6 milhões – foi o terceiro ano consecutivo de queda. A lista inclui Gavião Peixoto, +47,4% (US$ 21,8 milhões), Cotia, +19,9% (US$ 9,2 milhões) e São Caetano do Sul, +52,7% (US$ 5,4 milhões). A capital paulista teve queda de 24,1% (US$ 12,13 milhões). Os paranaenses encerraram 2024 exportando 6% a
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