55 moveisdevalor.com.br do Sul Global se inspirarão na criatividade improvisada, ressignificando sistemas e criando alternativas locais com impactos globais”, explica Paulo Escrivano, cientista do consumo e previsor de tendências. No caso da Geração Beta brasileira, a tecnologia não será um “extra”, mas sim uma ferramenta essencial de sobrevivência. “No entanto, o contexto de desigualdade estrutural do país fará com que, enquanto algumas crianças aprenderão a programar em escolas conectadas por IA, outras usarão celulares pré-pagos para acessar redes locais de aprendizado informal”, pontua Escrivano. Um exemplo disso é o programa “Conecta Brasil” que já está atuando no Nordeste com o objetivo de levar tecnologias digitais para escolas públicas. “A expansão desses projetos determinará como os Betas menos favorecidos acessarão oportunidades”, afirma o cientista, enfatizando que atualmente 39% dos domicílios rurais do país não têm acesso à internet de qualidade, fato que cria um abismo social que os Betas precisarão superar. Outra questão que afetará diretamente a forma de pensar e de agir dos Beta será a consciência climática que eles terão desde o berço. “Nascendo em um país que enfrenta extremos climáticos (secas no Nordeste e enchentes no Sudeste), essa nova geração terá uma mentalidade regenerativa, movida não só pela sobrevivência, mas também por uma visão de futuro mais equitativa”, observa Escrivano. “No Brasil, startups como a Pipe Social já financiam projetos de impacto socioambiental. A geração Beta ampliará essas iniciativas para criar economias locais integradas ao ecossistema global”, continua o cientista. Todo esse cenário também trará grandes transformações sociais no mundo onde os Betas irão crescer. Nesse aspecto, a Paulo Escrivano, cientista do consumo e previsor de tendências
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