Móveis de Valor - Edição 243

75 moveisdevalor.com.br ambientais extremos e de custos também. Está quente hoje (durante a Mostra de Móveis), 40ºC lá fora, agora imagina se essa situação estivesse acontecendo no passado, sem o sistema de circulação de ar que nós fizemos dentro do pavilhão do Horto Florestal. E tenho certeza de que mais coisas serão feitas nesse sentido para tornar o clima, de fato, ameno para quem expõe e para quem nos visita. MV – Qual o legado que você deixa no sindicato? AC - Deixei pronto todo o conceito do memorial da indústria moveleira de Ubá e tem um livro que logo será editado, que conta a história da evolução da indústria moveleira no mundo e no Brasil, mas com foco na nossa região. Inauguramos no dia 17 de janeiro, na minha despedida, o novo auditório do Intersind, com um sistema acústico, sem eco nenhum, um projeto de engenharia muito bem-feito. Deixei pronto o conceito e o projeto executivo do pórtico da cidade de Ubá, que vai trazer a identidade da cidade com o polo moveleiro. Deixei pronta também a negociação do novo estacionamento do Horto Florestal, com projeto que deve, inclusive, ampliar a capacidade em mais 900 vagas no anexo. Esse é o resultado de uma permuta que negociamos com a Secretaria do Meio Ambiente e a Prefeitura Municipal, é um jogo de “ganha-ganha” que foi feito em prol da cidade e de quem circula por aqui. E falando sobre o estacionamento, a ideia é acabar com o congestionamento na cidade, já que na entrada da feira serão três vias de acesso e uma de saída e à noite ao contrário, três vias de saída e uma de acesso, penso que isso resolve o problema da perda de tempo das pessoas para chegarem ao local do evento. Temos também um projeto novo da entrada do pavilhão, para abrigar o credenciamento, numa mistura de aço com vidro, totalmente refrigerado, que vai resolver o problema do clima na recepção, com tudo muito bem projetado, com sala de imprensa, de rádio, CAEC, enfermaria etc. MV – E em prol da comunidade, o que se destaca como principais ações? AC - Durante esse período, junto com a diretoria e através do associativismo, conseguimos realizar uma série de obras sociais na cidade e na região. Na época da quarta enchente de Ubá eu rapidamente, de improviso, gravei um áudio chamando as pessoas para se unirem em prol do asilo e depois de poucas horas estava sobrando roupas, móveis, eletrodomésticos e comida no asilo de Ubá – isso foi uma reação maravilhosa do povo daqui que pensa nos outros. Durante a pandemia de Covid-19, com persistência e ajuda da FIEMG, nós colocamos em Ubá 26 respiradores a custo zero, salvamos a vida de muita gente. Na sequência o sistema do hospital saturou e nós fomos lá e acertamos o sistema de exaustão para controlar os respiradores, então, eu acho que dos feitos esse foi o maior, porque estamos falamos de vidas que foram salvas não só na cidade, como na região e eu quero deixar meus cumprimentos e reconhecimento pela obra divina que a direção do hospital faz. Também ajudamos o pessoal da polícia militar e da polícia ambiental, melhorando as condições e ajudando na conscientização ambiental da população e das indústrias da região. Foram várias ações conjuntas nesse período e iniciamos a luta para transformar o bombeiro de Ubá em uma companhia independente, já conseguimos um caminhão dos mais modernos que chegou recentemente. São várias ações e, talvez eu não lembre de todas elas agora, mas que fiz com muito prazer junto com a diretoria que estava comigo, porque a gente sabe que ninguém faz nada sozinho e que Deus é maior e quem está com Deus nunca está só. Agora deixo o cargo para Gilberto Coelho e tenho certeza de que ele vai inovar, porque em toda troca de gestão o pensamento é diferente. Acredito que é notório o grande progresso que fizemos no polo moveleiro de Ubá. E eu volto para o comando da minha empresa, a Carolina Baby, que neste momento precisa de mim.

RkJQdWJsaXNoZXIy MzE5MzYz