79 moveisdevalor.com.br mudanças foi em novembro de 2023. Ele explica que o tempo normal para fazer a automação gira ao redor de sete meses, sem contar o tempo de preparação da fábrica. A grande dificuldade é o treinamento das pessoas – fazer com que entendam que é necessário abandonar o hábito de fazer as coisas como sempre faziam. Outro ponto é ter ordem no chão de fábrica. “A limpeza na área industrial é fundamental por causa da sensibilidade dos sensores, e outro ponto que merece cuidado é que os componentes que alimentam a máquina precisam estar com suas dimensões exatas para evitar eventuais percalços na condução do processo". Pelos seus cálculos, o investimento total, incluindo a organização do layout, compra e montagem dos equipamentos e mais o treinamento das equipes, ficou em torno de R$ 9,5 milhões. Especializado em produtividade e automação de equipamentos, o engenheiro Fontanezi chama a atenção daqueles que pretendem seguir o caminho da automação industrial de colchões: o primeiro passo para uma mudança de processos é não ter pressa para automatizar. “Antes, precisa olhar para dentro do chão de fábrica, ver e analisar os processos, promover um rearranjo, entender a organização para depois pensar em automação e treinamento das pessoas – caso contrário, vai comprar automatização errada”, ressalta. COMO FUNCIONA O processo convencional de produção de colchão consiste na espumação, corte das espumas, ação de bordadeiras e de costureiras que fazem as faixas. Na colagem é preciso uma máquina e de dois colaboradores posicionados um de cada lado para circular o colchão e fazer a fixação. No novo modelo, todos os subcomponentes ficam separados e aglutinados em carrinhos, prontos para entrar na montagem. “O responsável recebe a receita do colchão no computador, com o número de unidades a serem produzidas: se de espuma ou de mola, com ou sem pillow top – ou com dois pillow top – o tipo de embalagem, o tipo de cola, e as faixas." Depois é apertar o botão da ordem de produção, incluindo a costura. Além de melhorar a rapidez, o modelo opera com ganho de 50% de eficiência em relação a uma indústria tradicional Também diminui o consumo de adesivo em cerca de 40% e garante a padronização dos colchões produzidos “É uma linha flexível”, exalta o diretor da Overseas. Ao sair do outro lado da máquina, o colchão passa pelo controle de qualidade e em seguida segue para a máquina de embalagem, que também é automática, cuja forma tanto pode ser enrolada ou o modelo standard. O passo seguinte é empilhar os colchões, igualmente de forma
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