72 moveisdevalor.com.br O SUCESSOR Por Guilherme Arruda, jornalista convidado "O sucessor não é apenas a continuidade, mas a chave para reinventar o legado e garantir o futuro vibrante da empresa" Sayerlack é um exemplo de transição geracional bem-sucedida Na sexta-feira, 12 de dezembro de 2008, o Bourbon Resort Atibaia, no interior paulista, sediou mais um encontro anual promovido pela Sayerlack, reunindo equipes de vendas e distribuidores de todo o país. O evento seguia seu curso conforme o planejado, até que, em seu encerramento, um anúncio surpreendente marcou a ocasião: o então presidente da empresa, Alexandre Cenacchi, comunicava sua aposentadoria e a saída da operação diária, transferindo oficialmente a liderança ao filho, Marcelo Cenacchi, então com 44 anos. Ainda que previamente informado, Marcelo não conteve a emoção diante da responsabilidade que se consolidava ali. A sucessão familiar é um dos maiores desafios enfrentados por empresas de tradição. Especialistas destacam o peso de manter o legado sem comprometer os valores da organização, equilibrando modernização e respeito à história. No caso da Sayerlack, essa transição foi feita de forma exemplar. “Foi uma transição suave”, afirma Marcelo, que já havia passado por diversas áreas da companhia, consolidando legitimidade junto à equipe e profundo conhecimento da cultura organizacional. O respeitado consultor Ram Charan, referência global em governança corporativa, reforça a importância da credibilidade do sucessor: “A primeira coisa que um sucessor deve fazer é conquistar respeito dentro da organização. Isso significa trabalhar, aprender e construir confiança”. Foi exatamente esse o percurso trilhado por Marcelo antes de assumir o comando. FORMAÇÃO COM BASE NA PRÁTICA A preparação de Marcelo para a liderança começou muitos anos antes. O processo foi Alexandre Cenacchi e Marcelo Cenacchi, no final de 2008, quando o pai passou o comando da Sayerlack para o filho
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