73 moveisdevalor.com.br 30% conseguem migrar com sucesso da primeira para a segunda geração Fonte: score association (EUA), organização dedicada a apoiar pequenas empresas 12% sobrevivem à transição da segunda para a terceira geração Fonte: IM-Financial intensificado a partir de 2000, quando assumiu o cargo de diretor superintendente. O marco definitivo, no entanto, remonta ao início dos anos 2000, quando Alexandre foi convidado pelos sócios da Sayerlack para presidir a Tintas Renner, no Rio Grande do Sul — missão que, embora inicialmente prevista para dois anos, estendeu-se por sete. Neste período, Marcelo assumiu, de fato, a condução do negócio, sempre com o suporte estratégico do pai. “Mesmo não estando no dia a dia, eu podia contar com a experiência dele. Isso me deu segurança”, relembra. A independência e a confiança foram sendo construídas com naturalidade. “Às vezes ele me perguntava como resolvi determinada situação e, ao ouvir minha resposta, dizia que faria diferente. Mas completava: ‘Não está errado, só é outro caminho’. Foi assim que fui ganhando espaço”, conta Marcelo. Sua vivência em praticamente todos os departamentos — com exceção do laboratório — contribuiu para a formação de uma visão ampla do negócio e embasamento sólido para as decisões futuras. RAÍZES FORTES E TRAJETÓRIA DE MÉRITO Marcelo Cenacchi nasceu em Brasília, em 1964, e mudou-se ainda na infância para São Paulo. Estudou no Colégio Dante Alighieri e formou-se em Administração de Empresas pela PUC-SP. Ainda durante a universidade, iniciou sua trajetória no setor de tintas, trabalhando por 18 meses em uma empresa de tintas gráficas. Ingressou na Sayerlack aos 22 anos, começando literalmente “pelo chão de fábrica”, carregando latas de tinta, e avançou gradualmente por diversas áreas da companhia: vendas internas, organização de pedidos, faturamento, marketing, finanças, operações industriais e, por mais de uma década, atuou como gerente nacional de vendas. Em 2000, tornou-se diretor superintendente; em 2008, com a extinção do cargo de presidente, assumiu a liderança como diretor geral (CEO). "Não esqueço o que meu pai disse no início: 'Sendo meu filho, você precisa ser o primeiro a chegar e o último a sair. Não pode errar, precisa se dedicar mais que os outros. Está disposto?'. Eu disse que sim — sem saber exatamente o que isso significava, mas com plena disposição", relembra Marcelo. VISÃO ESTRATÉGICA E LEGADO Ao longo de sua trajetória, Marcelo enfrentou os altos e baixos da economia brasileira, como o Plano Cruzado (1986), o Plano Collor (1990) e o Plano Real (1994). Para proteger a empresa das instabilidades econômicas, a empresa criou a Unidade de Referência Sayerlack (URS), uma moeda interna usada como base para a precificação durante o período de transição econômica. A Sayerlack, desde sempre, soube conciliar tradição e inovação. Foi pioneira no desenvolvimento de tecnologias como poliuretanos, produtos UV e soluções base água, mantendo-se na vanguarda do setor de tintas e vernizes para madeira. “Mantemos nossas tradições, mas nunca deixamos de inovar. A diferença está nas pessoas. Formamos talentos aqui dentro Alexandre Cenacchi, nos anos 80, construindo a maior indústria brasileira de tintas para o setor madeira-móveis Marcelo Cenacchi, um ano após assumir a empresa
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