85 moveisdevalor.com.br Sidinei Capitanio também afirma que, em termos de equipamentos, a linha de produção da empresa está adequada, contando com recursos que são capazes de satisfazer os princípios de personalização e rápida adaptação a novos produtos. “Os estoques são planejados de acordo com o consumo de curto prazo, nesta etapa trabalhamos em conjunto com nossos parceiros. A realidade atual direciona para reservas cada vez mais baixas uma vez que o produto muda rapidamente. Isso requer um esforço conjunto (indústria e fornecedor), além de formas de controle dinâmicas e permanentes”, conta quando questionado sobre como é feita a gestão da cadeia de suprimentos trabalhando nesse esquema de customização. Inclusive, o diretor afirma que, apesar de se destacar por conta da customização, a Afetto também enfrenta alguns desafios no mercado, assim como outras indústrias moveleiras. “Há anos o mercado de móveis enfrenta uma profunda crise de identidade. Empresas que eram especialistas em atender multimarcas passam a um projeto de lojas com bandeira de sua marca, o movimento inverso também é notado. Esse movimento causa inevitáveis reflexos em todo o segmento, seja para quem faz parte dos movimentos citados ou para aqueles que possuem uma linha de atuação mais definida”, analisa. Mas, para que sua marca continue se destacando, Sidinei conta que a Afetto possui uma rede de relacionamento muito próxima. “Isso nos permite acompanhar as demandas, as necessidades e os desafios do lojista. Nosso produto é reconhecido pelo acabamento, flexibilidade e pelo rápido prazo de entrega”, comenta. Ele também diz que sua equipe de colaboradores é treinada para tratar clientes e lojistas com empatia, sempre se colocando no lugar deles na hora de resolver problemas. “Obviamente cada situação é analisada para detectar as causas, mas a ação interna tem que ser rápida”, pontua. Quando questionado sobre os canais de venda utilizados pela Afetto, Sidinei aponta que o principal são as lojas especializadas, fornecendo produtos com a marca do parceiro. “Temos lojas exclusivas também, contudo o modelo prioritário é esse. Isso se deve à observância da tendência do mercado”, assinala. Em relação à observância de tendências do mercado, perguntamos também sobre o que ele enxerga para o futuro dos móveis planejados. “É um mercado que ainda dispõe de oportunidades. Digo ainda, pois os desafios são cada vez maiores. Hoje, grandes fabricantes estão perdendo espaço para os entrantes. Toda vez que o resultado é negativo, ou seja, quando a percepção de valor é inferior à expectativa, gera um sentimento de insatisfação e este, por sua vez, potencializa o grau da diferença percebida”, reflete. Ele ainda segue dizendo que acredita que, por um período de 5 a 10 anos, deve prevalecer a forma tradicional de venda desses móveis, que é por meio de lojas especializadas. “Neste modelo acredito que o que gera mais resultado é cada um fazendo o que é especialista, ou seja, a indústria produzindo e o lojista na ponta vendendo. Neste modelo a indústria tem que ser o ponto de apoio com informações, capacitação e produtos que reflitam a necessidade daquela loja”, finaliza. Sidinei Capitanio, diretor administrativo e de engenharia da Afetto Ambientes
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