97 moveisdevalor.com.br quecimento da demanda no varejo multimarcas que distribui seus produtos. A visão para o ano inteiro também é mais pessimista: 60% acreditam que 2025 será pior que 2024 para o mercado de colchões, enquanto os demais se dividem entre igualar o ano anterior ou melhorar. Os desafios percebidos por esses fabricantes reforçam sua postura cautelosa – oscilações na demanda interna foram mencionadas por 60% deles, indicando que instabilidades no consumo afetam diretamente suas vendas por canais terceiros. Fornecedores do setor colchoeiro (espumas, tecidos, molas etc.) apresentam uma expectativa intermediária entre os fabricantes otimistas e pessimistas. Ao avaliar o desempenho de seus negócios, metade dos fornecedores espera que 2025 seja melhor que 2024, ao passo que um terço teme um ano pior e os demais estimam estabilidade. No comparativo semestral, aproximadamente 42% preveem crescimento nas vendas, enquanto 50% indicaram a possibilidade de queda no faturamento na primeira metade do ano. Quanto aos desafios, fornecedores compartilham amplamente da preocupação com os custos operacionais: cerca de 58% listaram o alto custo de produção e logística como principal dificuldade. Esses custos incluem não apenas matérias-primas importadas ou dolarizadas, mas também energia e transporte, que afetam fortemente a competitividade dos insumos. A concorrência desleal também foi citada em torno de 42% dos fornecedores. No QR Code tem todos os dados da pesquisa. bilidade nas vendas e no consumo de colchões em diferentes períodos. A concorrência intensa entre marcas (incluindo a entrada de novos players e a guerra de preços) e a dificuldade de formar e reter mão de obra qualificada também foram mencionadas com frequência como cenário desafiador. Apareceram ainda fatores como excesso de burocracia e regulamentações, o custo da certificação compulsória de produtos – que pesa mais quando a fiscalização é falha – além de questões pontuais de marketing e vendas. Entretanto, praticamente nenhuma empresa sinalizou problemas graves de qualidade do produto, indicando que os desafios estão mais ligados a questões externas e custos do que à aceitação ou à performance dos colchões em si. DIFERENÇAS POR PERFIL DE PARTICIPANTE A pesquisa permitiu comparar as perspectivas entre três perfis de empresas: fabricantes sem loja própria, fabricantes com rede de lojas e fornecedores de insumos para o setor. As diferenças de posicionamento são marcantes: Fabricantes de colchão com rede de lojas revelaram-se mais otimistas. Nenhum dos fabricantes com loja própria projeta queda no faturamento ou nas vendas do 1º semestre; a maioria espera crescimento nesses indicadores. Pelo menos 66% desse grupo estima aumentar o faturamento (até 10% acima do ano anterior) e os demais preveem manter-se estáveis ou crescer de forma mais expressiva. Quando se trata dos desafios, esses fabricantes destacam-se por uma preocupação especial com a concorrência desleal: praticamente todos avaliaram como um entrave sério, percentual bem acima do dos outros perfis, sugerindo que empresas com lojas próprias sentem mais fortemente a competição de produtos clandestinos ou de baixa qualidade no mercado. Já os fabricantes de colchão sem rede de lojas mostraram um perfil mais conservador e cauteloso. Ao contrário dos colegas com lojas, a maioria desses fabricantes prevê queda no faturamento no 1º semestre de 2025 em relação a 2024. Cerca de 60% deles estimam uma redução nas receitas (quedas moderadas de até 30%), reflexo de preocupações com o enfra-
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