Móveis de Valor - Edição 246

8 moveisdevalor.com.br COMÉRCIO DE MÓVEIS OSCILA 1% NO PRIMEIRO TRIMESTRE O comércio varejista de móveis teve variação negativa de 0,5% em receita nominal e de 3,0% em volume de vendas em março na comparação com março de 2024. No acumulado dos três primeiros meses o volume recuou 1,1% e a receita aumentou 1,5%. A variação anual de 12 meses mostra as vendas em alta de 7,3% em receita e de 5,7% em volume de vendas. O melhor resultado em março foi registrado em Pernambuco com alta de 15,1% em receita e 14,3% em volume de vendas. O pior resultado é exatamente do maior mercado do país. São Paulo teve queda de 23,1% e 23,2% em receita nominal e volume, respectivamente na comparação com março de 2024. No trimestre, Ceará registrou o melhor resultado com 14,5% de alta em receita e o Rio de Janeiro teve a maior alta em volume, com 14,5%. São Paulo tem o pior resultado no acumulado do ano com recuo de 19,6% em receita nominal e 20,4% em volume de vendas. AS PESSOAS ESTÃO COMPRANDO MENOS MÓVEIS E TAMBÉM GASTANDO MENOS No período de dezembro de 2000 a dezembro de 2024 o IPCA geral subiu 324%, e móveis subiram 241%, ou seja, a defasagem chegou a quase 83% em 25 anos. Em 2000, segundo o estudo de consumo das famílias do IPC Marketing, o gasto com móveis alcançava 2% sobre o total de consumo das famílias. Em 2024 fechou em 1,48%. Conclusão lógica, as pessoas estão comprando menos móveis e pagando menos pelo que compram. E por que isso vem acontecendo? Do ponto de vista racional podemos afirmar que é devido a uma combinação de fatores econômicos e mudanças no comportamento do consumidor. Mas o fato é que precisamos buscar virar a chave o mais rápido possível. O SEGREDO DO SUCESSO É VENDER MÓVEIS Renato Franklin, CEO da Casas Bahia, afirmou recentemente que “no segundo semestre de 2024, tivemos um impulso, principalmente na linha branca e móveis, que nos ajudou. E como tem eleição no ano que vem, várias revisões de incentivos vão beneficiar nosso público consumidor”. E sobre modelo de venda, Franklin foi taxativo: “Todos acreditam que o maior crescimento está na loja física e no crediário. Todo mundo quer lucro mais do que crescimento”. MAS A PRODUÇÃO VOLTA A CRESCER EM MARÇO E ACUMULA 8% NO ANO Depois de um soluço em fevereiro, quando recuou 1,6% na comparação com o mês imediatamente anterior, março mostrou recuperação com alta de 5,6% em relação a fevereiro. O terceiro mês do ano também apresentou alta na comparação com igual mês de 2024 (3,8%), consolidando o índice acumulado do ano na casa de 8%, pouco menos que os 10,1% até fevereiro. Mas é no índice acumulado de 12 meses que a expansão da produção moveleira no Brasil se torna mais visível, com 11,9% até março, 1 ponto percentual a mais do que os 12 meses encerrados em fevereiro. Por Ari Bruno Lorandi, CEO da Móveis de Valor

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