80 moveisdevalor.com.br Social Corporativa (RSC). “Elas representam um fator determinante para a lucratividade e a mitigação de riscos. Uma das formas mais impactantes de RSC é o investimento em formação para absorver mão de obra qualificada”, indica. Segundo a especialista, a indústria moveleira e colchoeira, muitas vezes, enfrenta desafios na busca por profissionais com as habilidades técnicas específicas necessárias para a produção de móveis de qualidade. E, ao desenvolver programas de formação e capacitação, a empresa não apenas contribui para o desenvolvimento social e econômico da comunidade, mas também garante um fluxo constante de mão de obra qualificada para suas operações. “Uma empresa que demonstra compromisso com o desenvolvimento local, que investe em educação, saúde e outras iniciativas de impacto social, constrói uma imagem positiva perante a comunidade, os consumidores e outros stakeholders”, alerta a especialista em ESG. Débora chama a atenção dos empresários sobre esse aspecto: “Negligenciar os riscos sociais que emanam da interação da empresa com o mundo exterior pode gerar impacto financeiro significativo e duradouro. Dano à reputação, questões éticas e de integridade, problemas nas relações com fornecedores e a dificuldade em atrair investimentos são facetas interconectadas que, quando ignoradas, corroem a lucratividade e comprometem a sustentabilidade do negócio”. RELAÇÃO COM PARCEIROS PODE SER PREJUDICADA Outro ponto a ser observado é a relação com fornecedores e parceiros. Débora lembra que as empresas não operam isoladamente, por isso práticas antiéticas na cadeia de suprimentos, mesmo que não sejam diretamente perpetradas pela indústria, podem manchar sua imagem por associação. “Se os fornecedores utilizarem mão de obra escrava, adotarem práticas ambientais não sustentáveis ou desrespeitarem direitos trabalhistas, a empresa pode ser responsabilizada perante a opinião pública e sofrer as mesmas consequências negativas em termos de reputação e perda de clientes”, explica. Se os fornecedores adotarem práticas não sustentáveis, a empresa pode ser responsabilizada A especialista em ESG também acredita que a rotatividade de funcionários pode estar ligada a tudo isso que foi mencionado. A ausência de uma comunicação clara sobre atribuição de funções, alinhamento de expectativas e a falta de reconhecimento e oportunidades de crescimento contribuem para a insatisfação dos colaboradores. Se eles se sentirem desmotivados, são menos produtivos, cometem mais erros e entregam produtos de qualidade inferior, o que afeta a eficiência geral da produção e pode acarretar a insatisfação dos clientes. O ASPECTO SOCIAL “PARA FORA” DA EMPRESA Débora Irie analisa a interação da indústria moveleira com a comunidade em que está inserida e sua Responsabilidade ESG NEWS
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