101 moveisdevalor.com.br Irineu Munhoz Roberto Caetano OKRs (Objetivos e Resultados-Chave), usados para alinhar e envolver as pessoas em torno de objetivos ambiciosos e mensuráveis, promovendo a inovação e a colaboração, além de decisões mais rápidas, cruciais naquele momento. A PREPARAÇÃO Diego nasceu em 1983 em Paranavaí (PR), filho de Irineu e Marlene Munhoz e irmão de Rodrigo. É casado com Andressa e pai de duas meninas, Isabella e Helena. Entrou na empresa em 2001. Dez anos depois inicia a estruturação das diretorias e a fase de reuniões mensais de apresentação de resultados para acionistas e filhos da segunda geração. Diego respondia pela diretoria de Vendas e Compras até que em dezembro de 2018, os fundadores anunciaram a intenção de se ausentar do dia a dia. Em julho do ano seguinte, após um período de transição, ele torna-se CEO. Seu pai e o amigo Roberto Caetano fundaram a Caemmun em 1992, em Arapongas. Caetano é pai de Rafaela, formada em arquitetura e Roberta, psicóloga, que entraram na empresa em 2010 e 2014, respectivamente – ambas se desligaram da rotina em 2019, assim como Rodrigo, irmão de Diego, formado em Comércio Exterior e que havia ingressado em 2005 – todos são sócios de outros negócios paralelos a Caemmun. “Um divisor na minha vida foi participar de um programa de intercâmbio promovido pelo Rotary Internacional. Havia uma vaga aqui no distrito. Meu pai sempre foi ativo em clubes de serviço e no associativismo rotariano por muitos anos. Eu estava com 16 anos e tive a chance de ficar no Canadá onde fiz o ensino médio em uma high school. No retorno, cursei Administração na Universidade Norte do Paraná (Unopar) e MBA em Gestão Comercial e Gestão Estratégica na Fundação Getúlio Vargas (FGV)”, informa Diego. O legado de uma empresa é formado pela sua essência, valores e missão, que servem de bússola para que as inovações não sejam aleatórias e, sim, evoluções que reforçam a identidade da marca. Essa concepção se encaixa na Caemmun. “A empresa sempre teve uma cultura muito forte voltada para pessoas, para inovação. Talvez já existisse com o Irineu e o Roberto e eu, por certo, tenha acelerado por ter, quem sabe, uma mente um pouco menos experiente e procurar trazer coisas diferentes”, comenta o empresário. Ele lembra que, em 2007, a empresa iniciou a prática de planejamento estratégico, com o apoio da FGV para ensinar a equipe. A nova geração teve apenas o trabalho de acelerar. A transição respeitou o legado ao envolver a equipe executiva, com transparência. “Quando começamos a apresentar os números mensalmente a partir de 2013 foi uma virada de chave. Criamos uma rotina de transparência para os executivos, independentemente de serem ou não da família”, observa. SUCESSÃO O processo de transição entrou no radar dos fundadores a partir de 2015-2016. Na ótica deles, o momento para fazer mudanças teria que ocorrer com a empresa financeiramente saudável e a família com bom diálogo – a hora era essa. Sócios e filhos da segunda geração participaram
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