Móveis de Valor - Edição 249

14 moveisdevalor.com.br Móveis vem sendo um elo esquecido pelas Políticas Industriais dos governos Política Industrial (PI), entendida como uma ação estratégica de Estado para desenvolver setores produtivos, promover inovação, competitividade e a autonomia econômica, voltou ao centro do debate global. Não são poucas as razões. Em tempos de instabilidade nas cadeias de suprimento, pressão por transições verdes, crises climáticas e acirramento geopolítico, governos têm cada vez mais intensificado o apoio a áreas chaves, como semicondutores, biotecnologia e defesa. Em 2024 foi criado o programa Nova Indústria Brasil, focado em infraestrutura, descarbonização e transformação digital. Setores como móveis, majoritariamente formado por micros, pequenas e médias empresas, com baixa articulação política e presença limitada nas grandes discussões sobre política econômica, ficaram de fora mais uma vez. Nenhuma novidade. Desde 1930, marco inicial do processo de industrialização no Brasil, o móvel foi citado uma vez em uma PI – foi nos anos 2000 e, ainda assim, de forma periférica. Embora conte com instrumentos como o Cartão BNDES, linhas de crédito via Finame, incentivos estaduais e acesso a programas como NAS ÚLTIMAS NOVE DÉCADAS, GOVERNOS ELEGERAM SETORES ESTRATÉGICOS E OFERECERAM A ELES SUBSÍDIOS, INCENTIVOS FISCAIS E APOIO À PESQUISA PARA ALAVANCAR A ECONOMIA INDÚSTRIA MOVELEIRA FICA QUASE INVISÍVEL, SEM FOCO CENTRAL E CONSTANTE NESSAS AÇÕES, SENDO CONTEMPLADA VEZ OU OUTRA COM INSTRUMENTOS PERIFÉRICOS EM MOMENTOS PONTUAIS ECONOMIA Por Guilherme Arruda, jornalista convidado

RkJQdWJsaXNoZXIy MzE5MzYz