14 moveisdevalor.com.br Móveis vem sendo um elo esquecido pelas Políticas Industriais dos governos Política Industrial (PI), entendida como uma ação estratégica de Estado para desenvolver setores produtivos, promover inovação, competitividade e a autonomia econômica, voltou ao centro do debate global. Não são poucas as razões. Em tempos de instabilidade nas cadeias de suprimento, pressão por transições verdes, crises climáticas e acirramento geopolítico, governos têm cada vez mais intensificado o apoio a áreas chaves, como semicondutores, biotecnologia e defesa. Em 2024 foi criado o programa Nova Indústria Brasil, focado em infraestrutura, descarbonização e transformação digital. Setores como móveis, majoritariamente formado por micros, pequenas e médias empresas, com baixa articulação política e presença limitada nas grandes discussões sobre política econômica, ficaram de fora mais uma vez. Nenhuma novidade. Desde 1930, marco inicial do processo de industrialização no Brasil, o móvel foi citado uma vez em uma PI – foi nos anos 2000 e, ainda assim, de forma periférica. Embora conte com instrumentos como o Cartão BNDES, linhas de crédito via Finame, incentivos estaduais e acesso a programas como NAS ÚLTIMAS NOVE DÉCADAS, GOVERNOS ELEGERAM SETORES ESTRATÉGICOS E OFERECERAM A ELES SUBSÍDIOS, INCENTIVOS FISCAIS E APOIO À PESQUISA PARA ALAVANCAR A ECONOMIA INDÚSTRIA MOVELEIRA FICA QUASE INVISÍVEL, SEM FOCO CENTRAL E CONSTANTE NESSAS AÇÕES, SENDO CONTEMPLADA VEZ OU OUTRA COM INSTRUMENTOS PERIFÉRICOS EM MOMENTOS PONTUAIS ECONOMIA Por Guilherme Arruda, jornalista convidado
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