Móveis de Valor - Edição 249

72 moveisdevalor.com.br O SUCESSOR Por Natalia Concentino, jornalista Cautela e organização são a base da sucessão na família Guidini Desde os 14 anos atuando na indústria da família, Vitor Guidini acumula experiências e conhecimento de casa para, em breve, assumir o comando da empresa. Com organização e planejamento, a família Guidini o considera o sucessor ideal de Ademilse, seu pai e presidente da Cimol Móveis. Os primeiros passos já foram dados: Vitor já está à frente do sindicato moveleiro de Linhares, repetindo a trajetória do pai, que conciliou a liderança da entidade com a gestão da empresa. “Aos 14 anos, eu estudava pela manhã e trabalhava à tarde. Comecei no chão de fábrica, ao lado do gestor industrial da época, e logo depois passei para a assistência técnica”, relembra Vitor Guidini. Foi então que percebeu que sua história seria construída dentro da empresa da família — a Cimol, fundada em 1991 em Linhares, no Norte do Espírito Santo, um dos polos moveleiros mais importantes do Brasil. Ao longo dos anos, a Cimol consolidouse como uma das mais tradicionais fabricantes de mobiliário para salas de jantar e complementos. Vitor conta que cresceu na empresa sem qualquer pressão do pai ou dos tios — estava ali porque gostava. “No período em que fiquei na produção, conheci mais sobre máquinas, processos e setores; passei pela assistência técnica, logística e, depois, para a área comercial, onde fui assistente, gerente, até me tornar sócio e diretor comercial”, relata. Nesse percurso, via o pai e os tios sempre focados em fazer a Cimol crescer no mercado, criando um negócio sólido e cercado de pessoas comprometidas — algo que o motivou profundamente. “Meu pai nunca me obrigou a vir para a empresa, mas eu sempre pedia para estar presente, inspirado pelo exemplo deles. E por que não ajudar minha própria família nessa construção? Queria fazer parte dessa história, levando o negócio a um patamar que gerasse empregos, renda e valor para todos que, direta ou indiretamente, estão ligados à Cimol”, afirma. Hoje, Vitor vê sua atuação como a continuidade de um legado e já pensa nas próximas gerações. “Assim como tive esse exemplo, quero ser também uma referência para meus filhos e, quem sabe no futuro, eles queiram estar na empresa. Seria uma grande satisfação... mas sem imposição, assim como foi comigo.” UM PROCESSO CAUTELOSO E SEM PRESSA Vitor Guidini ainda não está, de fato, no comando da empresa, mas o processo de sucessão já vem acontecendo há cinco anos, quando se tornou sócio da Cimol. “Atualmente, "O sucessor não é apenas a continuidade, mas a chave para reinventar o legado e garantir o futuro vibrante da empresa"

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