17 moveisdevalor.com.br dizer que os investidores sempre estão interessados em empresas que ofereçam produtos diferenciados, sustentáveis, personalizáveis; que se destacam em mercados saturados; que tenham potencial de crescimento exponencial, gestão profissional e transparente; governança corporativa sólida; que façam monitoramento de tendências e comportamento do consumidor, e acesso a mercados externos. E mais: não é possível desistir de ter um plano de crescimento mensurável, mostrar resultados consistentes, mesmo que em pequena escala, participar de feiras e eventos com visibilidade, investir em branding, ter ótima comunicação institucional, buscar certificações e selos que agreguem credibilidade, e firmar parcerias com influenciadores do setor, arquitetos e designers. A mudança mais sensível, porém, é mudar o formato societário da empresa, de companhia limitada para sociedade anônima, movimento um tanto desconfortável levando em conta o pensamento conservador e cauteloso dos empresários do setor. Acima de tudo resistentes a mudanças, pois significa expor ao público dados sensíveis como receitas, custos de produção, EBITDA, lucros, tudo hoje trancados a sete chaves e acessados apenas pela família e o contador. Atualmente, para entrar no mercado de capitais é preciso seguir um roteiro que inclui registro de companhia aberta, registro de oferta de ações, debêntures ou outros valores mobiliários. O processo envolve auditorias, compliance, pareceres jurídicos, taxas, divulgações periódicas, etapas que além de encarecer se tornam longas. Tudo o que travava o acesso, desaparece com as chamadas Companhias de Menor Porte (CMP) – mas ninguém escapa de pagar para aderir. POTENCIAL DESCONHECIDO "O Regime FÁCIL tem o objetivo de preencher o espaço existente entre o crowdfunding (financiamento coletivo) e o mercado tradicional. Esperamos que se consolide como a principal via regulatória para companhias de menor porte acessarem o mercado de capitais, com regras proporcionais às suas realidades", diz Antonio Berwanger, Superintendente de Desenvolvimento de Mercado (SDM) da CVM. O prédio da B3 representa não apenas a infraestrutura física da bolsa, mas também sua presença sólida e líder nos mercados financeiro e de capitais SETE VANTAGENS QUE PODEM MUDAR O JOGO 1. Capital para crescer – A empresa pode levantar recursos para modernizar fábricas, ampliar linhas de produção, investir em design ou conquistar novos mercados. Tudo sem juros bancários sufocantes. 2. Mais credibilidade – Estar listada na B3 significa entrar em outro patamar de reputação. Mesmo negócios locais passam a ser vistos como sólidos, transparentes e confiáveis. 3. Atração de investidores estratégicos – A abertura de capital pode trazer fundos especializados ou investidores institucionais que enxergam alto potencial em empresas menores e regionais. 4. Liquidez para sócios – Os fundadores podem realizar parte do valor do negócio sem vendê-lo por inteiro, mantendo o controle e, ao mesmo tempo, diversificando seu patrimônio. 5. Governança que fortalece – As exigências de transparência e auditoria aceleram a profissionalização da empresa, criando bases mais sólidas para o longo prazo. 6. Visibilidade ampliada – Empresas listadas atraem atenção da mídia financeira, de analistas e de novos parceiros comerciais. 7. Multiplicação de valor – Bem gerida, uma companhia pode ver suas ações se valorizarem, tornando-se uma “small cap” promissora e apta a migrar para segmentos mais sofisticados da Bolsa.
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