26 moveisdevalor.com.br Gigante do varejo muda de dono e encerra ciclo de 70 anos No mês de agosto, o mercado do varejo foi surpreendido com a notícia da venda da Casas Bahia. A gestora de fundos Mapa Capital, por meio da subsidiária Domus VII Participações, assumiu 85,5% da empresa após a conversão de dívidas em ações. A operação reduziu o endividamento da varejista e marcou o início de um novo ciclo sob o comando da Mapa Capital, enquanto a família fundadora se mantém entre os principais acionistas. DESAFIOS E RESULTADOS RECENTES Dentro da estratégia, a varejista fechou 21 lojas em abril de 2025, após abrir uma nova unidade no primeiro trimestre, conforme informou o diretor financeiro, Elcio Ito, à Reuters. Dados divulgados no relatório da companhia mostram que o Ebitda ajustado da Casas Bahia subiu 47,3% no trimestre, alcançando R$ 570 milhões, com margem de 8,2%. Apesar do avanço, o resultado financeiro foi negativo em R$ 922 milhões, reflexo das despesas com juros elevados e efeitos não recorrentes. Segundo a assessoria do Grupo Casas Bahia, os desafios recentes, como os efeitos da pandemia e o aumento da concorrência, “trouxeram aprendizados importantes. Hoje, a companhia está mais preparada para enfrentar volatilidades macroeconômicas, mudanças no comportamento do consumidor e a pressão por inovação tecnológica”. LEGADO DA VAREJISTA A história da Casas Bahia começa com Samuel Klein, comerciante polonês que fugiu do Holocausto e chegou ao Brasil em São Caetano do Sul (SP). No início, vendia roupas de cama e banho em uma charrete para migrantes VAREJO DESDE 2023, A CASAS BAHIA ATRAVESSA UM PROCESSO DE REESTRUTURAÇÃO OPERACIONAL E FINANCEIRA, MOTIVADO PELO IMPACTO DA ALTA DOS JUROS APÓS A PANDEMIA A SUBSIDIÁRIA DA MAPA CAPITAL ADQUIRIU 85% DAS AÇÕES DA VAREJISTA, DEIXANDO A FAMÍLIA FUNDADORA DA MARCA COMO PRINCIPAIS ACIONISTAS DA EMPRESA Crédito: Germano Lüders Por João Caetano Guimarães, jornalista
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