28 moveisdevalor.com.br Embalagens irão pesar mais no custo final da indústria moveleira Comprar móveis online pode parecer natural para o consumidor, mas por trás de um simples clique de “comprar” há uma complexa engenharia de embalagens que define custos, garante a integridade do produto, protege trabalhadores, possui parâmetros de sustentabilidade e pode até determinar se a comercialização será aceita por um marketplace. Antes vista como um mero detalhe, as embalagens têm se tornado, gradativamente, um fator crucial. Ao mesmo tempo que viraram protagonistas, se tornaram uma dor de cabeça para quem produz móveis. Frequentes solicitações de alterações nas medidas, peso e volumes encaminhadas por grandes varejistas e plataformas de e-commerce estão levando o setor a se adaptar em um ritmo maior e mutante em um círculo no qual não há regras estáveis e, muito menos unificação de padrões. Ante essa diversidade de referências, o ponto crítico da indústria moveleira será o aumento de custos. Cristiane Fernandes, gerente de marketing e P&D da Santos Andirá, comenta que varejistas que operam com grandes volumes, como Casas Bahia e Magazine Luiza, já impunham limites de peso e proteções adicionais para lojas físicas. “Quando atendemos os pedidos desses ‘sellers’, precisamos respeitar o que eles demandam de peso bruto final, incluindo na embalagem o móvel em si, o plástico, o papelão e tudo mais,” explica Cristiane. E-COMMERCE EXIGÊNCIAS DE E-COMMERCE, MARKETPLACES E ATÉ DE REDES DE VAREJO EM RELAÇÃO A PESO, VOLUMES E DIMENSÕES ESTÃO SE TORNANDO CADA VEZ MAIS FREQUENTES COMO NÃO HÁ PADRONIZAÇÃO, A INDÚSTRIA CORRE PARA SE ADAPTAR, MAS COBRA REGRAS MAIS CLARAS PARA NÃO ARCAR SOZINHA COM O PESO DESSAS MUDANÇAS ENQUANTO ISSO AS INDÚSTRIAS CONTABILIZAM O CUSTO FINAL DOS MÓVEIS COM AS NOVAS EMBALAGENS E, MAIS UMA VEZ, PODEM ARCAR COM O AUMENTO PREVISTO Por Guilherme Arruda, jornalista convidado
RkJQdWJsaXNoZXIy MzE5MzYz